Em 2023, os paranaenses passaram por quatro ondas de calor, conforme o Sistema Meteorológico Paranaense (Simepar).
Neste cenário, os produtores tiveram que redobrar a atenção com as vacas leiteiras para evitar prejuízos. Uma solução foi investir em ambientes climatizados.
O veterinário e produtor rural Vinicius Dijkstra explica que uma vaca leiteira pode produzir menos dependendo do desconforto causado pelo calor.
“Qualquer animal de produção tem diretamente relacionado o conforto desse animal e a qualidade de vida, com o quanto que ele vai produzir. Tanto o animal de carne, quanto animal de leite. O animal que sofre estresse térmico, o animal que sente dor, não é um animal produtivo”, afirma.
Os Campos Gerais ocupa o segundo lugar da bacia leiteira do Brasil. Quem não tem esse tipo de tecnologia de climatização na região já procura alternativas pra não ter a produtividade afetada.
“A conscientização dos nossos produtores na região em promover maior bem-estar para os animais, em garantir que produzam mais, tenham maior índice de conforto e melhor saúde, é o diferencial daqui”, explica o especialista em nutrição Leopoldo Braz Los.
Previsão para 2024
De acordo com o Simepar, o fenômeno climático El Niño, que faz com que a temperatura fique mais alta do que o normal, deve começar a perder a força neste primeiro trimestre de 2024.
As ondas de calor também começam a perder a força, como explica o meteorologista Marco Jusevicius.
“Você pode ter mais um evento ou outro, mas creio que, agora, vai ser bem mais difícil. Teremos o calor esperado do verão nas diferentes regiões do estado, mas não acredito que tenha uma onda de calor no nível que observamos, principalmente, na primavera”, ressalta.
Com informações do G1