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Galinha põe ovo com formato diferente e chama a atenção de agricultora no interior do RN

Especialista explicou que fato pode estar associado à nutrição ou doença do animal, e também ao calor ou alta salinidade da água. Consumo não é recomendado.

A agricultora Edite Agostinho da Silva teve uma surpresa nesta semana ao entrar no galinheiro que fica no quintal da casa dela no município de Pedra Grande, no interior do Rio Grande do Norte. Isso porque uma das galinhas pôs um ovo num formato diferente, que ela e a família nunca tinham visto.

“Quando eu fui botar comida para as galinhas, cheguei perto da vasilha da água, ela se agachou e soltou. Eu chamei a minha menina [filha] para olhar. A gente nunca tinha visto”, relatou a agricultora.

A família de Edite achou o formato do ovo parecido com os traços de um pato. A textura também saiu diferente de um ovo “normal”.

De acordo com o professor e pesquisador do departamento de medicina veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) Iberê Freitas, o fato é raro e pode estar associado a questões nutricionais ou até genéticas.

“Pra isso, é preciso ver se foi a primeira vez, se já teve outras deformidades”, explicou.

Segundo a agricultora Edite Agostinho, essa foi a primeira vez que ela viu um ovo nesse formato em vários anos de criação. A agricultora contou também que alimenta as galinhas com milho e restos de comida das refeições.

Algumas especificidades do Rio Grande do Norte podem ter afetado na má formação do ovo, segundo o pesquisador.

“Essas deformidades também podem ser salinidade excessiva da água, que aqui na nossa região a gente tem”, explicou.

“E uma coisa muito importante que a gente tem na nossa região é o calor. O calor também altera a casca do ovo, fragilizando e deformando. Então é ficar de olho se isso se repete”.

O professor Iberê Freitas explicou ainda que problemas de saúde nas galinhas, como bronquite infecciosa, podem causar essa deformidade no ovo. Além disso, também recomendou que o ovo não seja consumido, já que a textura dele era diferente.

“A casca é porosa, então pode ter a entrada de contaminantes, toxinas ou mesmo bactérias. A gente não sabe a causa, então não se deve consumir”, reforçou.

 Com informações do G1

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