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Homem é condenado a 86 anos e 8 meses de prisão pelo triplo homicídio no interior do PR

Advogados afirmaram que vão pedir a anulação do julgamento, alegando falhas da acusação.
(Foto: Colaboração/OBemdito)

Jean Michel de Souza Barros foi condenado a 86 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelas mortes do sogro Antonio, da sogra Helena e da esposa Jaqueline Marra dos Santos, no triplo homicídio que abalou em Umuarama e ganhou repercussão nacional. A sentença foi proferida às 5h50 da madrugada de domingo (3/2) pelo juiz Adriano César Moreira, após a deliberação do corpo de jurados.

Um pouco antes, às 3h, há havia o comunicado pela decisão de condenar o réu, conforme OBemdito publicou. O magistrado então se isolou para dosar (calcular) a pena, com base na tipificação e nas agravantes dos crimes atribuídos ao réu. Além da restrição de liberdade, ele deverá pagar R$ 150 mil reais em danos morais pelas mortes de cada uma das vítimas, mais R$ 17.050 em danos materiais pela homicídio da esposa, totalizando, em valores corrigidos.

Iniciado na manhã da última quinta-feira (29/2), este foi o mais longo julgamento criminal da comarca de Umuarama. Além da leitura cansativa de todo o processo, com milhares de páginas, foram ouvidas seis testemunhas e o próprio réu. Houve então os debates da acusação e da defesa. Cada parte teve duas horas para suas manifestações. Teriam direito à réplica e tréplica, mas abriram mão do tempo. Já era meia-noite quando o conselho de sentença, formado por setes jurados, deixou a sala de júri para decidir se Jean era culpado ou inocente.

Os jurados não só aceitaram todas as penas levantadas pela Promotoria de Justiça quanto levaram em consideração todas as qualificadoras presentes nos crimes, que são: motivo fútil; mediante emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; contra a mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio); violência doméstica; e contra pessoa maior de 60 anos.

Advogados pedirão anulação
Os advogados do comerciante disseram que vão pedir a anulação do julgamento, por supostas falhas cometidas pela acusação no decorrer dos debates. Os defensores mantêm que o cliente é inocente e que deixaram isso muito claro, com robustez de argumentos e desfazimento de todas as provas processuais contra o comerciante, que após a leitura da sentença voltou para a cadeia. Por ter curso superior, Jean aguardava o julgamento no Complexo Médico Penal de Curitiba. A expectativa é que ele seja transferido para a Peco (Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste).

O triplo homicídio foi registrado no dia 8 de agosto de 2021. Era dia dos pais. Os corpos foram encontrados perfurados de faca na residência na manhã seguinte, pela empregada doméstica da família, em um cenário de horror.

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