Por 17 votos favoráveis e 15 ausências, a executiva do União Brasil aceitou a representação de governadores e parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados que pedia o afastamento de função e expulsão com cancelamento de filiação do presidente do partido, Luciano Bivar.
A decisão da reunião não passa a valer imediatamente. O presidente tem 72 horas para se manifestar sobre a representação e cinco dias para apresentar defesa contra as penalidades requeridas. Depois disso, a decisão final deve ser tomada em até 60 dias, mas membros afirmam que a decisão será rápida.
Antes do início da reunião, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (União Brasil-PB), afirmou que a reunião seria para “analisar as provas, a conduta e qual a penalidade” e que a situação era grave.
Bivar é acusado de envolvimento no incêndio que atingiu a casa do recém-eleito presidente do União Brasil, o advogado Antônio Rueda, e da irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira do partido, na praia de Toquinho, no município de Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, nessa segunda (11). Bivar nega as acusações, que ocorrem em meio a disputas pelo comando da sigla.
Rueda alega receber ameaças de morte de Bivar, que, segundo a defesa do presidente recém-eleito, tem uma casa no mesmo condomínio dos imóveis incendiados.
Bivar acusa a esposa de Rueda de roubar notas de dólar e libra esterlina, que estavam guardadas no cofre de um apartamento do deputado em Miami, nos Estados Unidos. Segundo ele, Rueda pediu a senha do cofre para guardar joias quando se hospedou no imóvel, em 2022.