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Presos por matar empresário e esposa por causa de herança viram réus em SC

Marisa Mergener, de 42 anos, e companheiro dela, Reginaldo Tonet, de 41, foram encontrados dentro de residência onde viviam em Treze Tílias após uma festa de réveillon.

A Justiça tornou réus os suspeitos de matar a professora Marisa Mergener, de 42 anos, e o companheiro dela, Reginaldo Tonet, de 41, na volta da festa de réveillon no início do ano em Treze Tílias, no Oeste de Santa Catarina. Irmã e cunhado do empresário assassinado seguem presos pela autoria do duplo homicídio.

As informações foram confirmadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na quarta-feira (27). Segundo órgão, o crime foi motivado por desavenças relacionadas à herança de Tonet.

Os assassinatos ocorreram nas primeira horas de 1º de janeiro, na casa em que as vítimas moravam, no bairro Jardim das Flores. A prisão dos suspeitos foi no domingo (8) em Água Doce, na mesma região.

O preso tem 53 anos e é suspeito de executar o casal a tiros. Já a irmã da vítima tem 35 anos. Marisa era professora na região, já Reginaldo empresário.

Tocaia
No dia em que o casal foi morto, a investigação da Polícia Civil apontou que suspeitos fizeram uma tocaia até a chegada das vítimas em casa. No momento em que o empresário saiu do carro, dentro da garagem, foi atingido por um disparo.

Ele tentou fugir, mas acabou sendo atingido outras vezes e morreu no interior da residência. A professora foi executada com um tiro na cabeça.

MP busca júri popular
Na denúncia, o Ministério Público solicitou que o casal seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri, pois considera que a relação parental com as vítimas e a maneira como o crime foi arquitetado devem ser levadas em conta no cálculo das penas.

Quatro qualificadoras são citadas nas duas mortes: motivo torpe, já que os homicídios teriam sido motivados por desacertos envolvendo bens; emboscada, pois o réu teria esperado as vítimas com uma pistola nos arredores da casa e as atacado desprevenidas; meio cruel, pois o réu teria fragilizado o casal, perseguindo-o pelos cômodos e fazendo disparos de forma intervalada para prolongar o sofrimento; e uso de arma de fogo restrita.

O MPSC pede, ainda, que o feminicídio seja reconhecido, pois a cunhada teria sido morta no âmbito da violência doméstica e familiar, devido a relação parental com os réus – cunhada de uma e concunhada do outro.

A denúncia também inclui o crime de porte ilegal de arma de fogo, afinal, após o homicídio, o executor fugiu e ocultou a pistola, e a arma não foi localizada.

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