A 43ª fase da Operação Nova Aliança, da Polícia Federal com apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, já apreendeu 594 toneladas de maconha, segundo dados obtidos pela CNN.
A ação começou há uma semana e o montante foi contabilizado até a última segunda-feira (8). Até então, foram apreendidas:
- maconha erradicada: 558 toneladas;
- maconha picada: 36 toneladas;
- maconha prensada: 680 kg.
O trabalho dos agentes da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor) é feito com a Senad-PY é Amambay, estado grande no Paraguai, que tem como capital a cidade de Pedro Juan Caballero, e faz fronteira com o Mato Grosso do Sul e cidades fronteiriças, como Ponta Porã.
A megaoperação também destruiu 63 “acampamentos narcos”, que são locais para processar a droga; 380 kg de sementes e um total de parcelas (roças) erradicadas em 93. Veja vídeo abaixo.
O total de hectares de maconha destruída foi de 186, o equivalente a 170 campos de futebol.
O trabalho da PF é feito de forma aérea, com helicópteros, a fim de localizar as grandes regiões de plantio na fronteira do Paraguai. O objetivo da PF é evitar que a droga pronta para comercialização chegue às grandes capitais brasileiras.
Segundo integrantes da PF ouvidos pela CNN, a Operação é toda realizada em solo paraguaio porque é o local onde efetivamente estão os plantios ilícitos, em razão da realidade local. A PF empresta a expertise, com inteligência, georreferenciamento, além do apoio aéreo do seu grupo de aviação tática, e também o custeio da operação, por entender ser mais barato combater esse tipo de tráfico na origem.
Segundo os agentes, pelo menos 80% da maconha produzida no Paraguai tem como destino o mercado brasileiro. Por isso, também, há a limitação de perímetro para que as erradicações aconteçam, no máximo, a uma distância de 30 km da fronteira com o Brasil.
A operação Nova Aliança tem seis fases por ano. Essa é a segunda de 2024 e será finalizada na quinta-feira (11).