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Resíduos de milho viram biogás, reduzem custos de produção e aumentam sustentabilidade no Paraná

Com o uso do biogás, a cooperativa economiza R$ 100 mil por mês, porque deixa de consumir a lenha de três mil árvores.
Foto: Reprodução/RPC

Uma cooperativa agrícola em Andirá, no norte do Paraná, conseguiu reduzir os custos de produção com o uso do biogás, produzido a partir de resíduos da indústria de milho. Além da economia financeira, a prática também trouxe vantagens ambientais.

A unidade industrial produz derivados de milho como óleo, canjica, fubá e amido, entre outros, tudo vendido para as principais empresas alimentícias do país. A maior quantidade de resíduos vem do amido.

O líquido amarelo gerado no processo de extração de amido de milho é tratado em uma estação da indústria, processo que já era feito desde o início dos anos 2000 para que a água possa ser devolvida limpa para a natureza.

A novidade, agora, é o aproveitamento do biogás, que é gerado a partir da degradação da matéria orgânica presente na água. A indústria tem espécies de “lagoas” cobertas, que são os biodigestores.

“Essas lagoas com cúpulas infladas são o biogás gerado, que fica armazenado até ser encaminhado para a queima na caldeira”, explica o técnico ambiental Júnior César da Silva.

Funcionamento
O biogás é considerado uma fonte de energia limpa e renovável. Antes, ele precisava ser queimado nas próprias lagoas para não poluir o meio ambiente. Agora, ele é canalizado e queima na caldeira para gerar energia.

“Inicialmente, essa caldeira era 100% a lenha. Hoje, tem uma mistura, ela se tornou uma caldeira ‘flex’. Uma parte do combustível é lenha e outra parte passa a ser nosso biogás”, diz Adair Sulzbacher, gerente de engenharia da indústria.

Assim, o consumo de lenha reduziu entre 25 e 30%. Depois dos funcionários e da energia elétrica, a madeira é o terceiro maior custo da indústria em Andirá – o processo produtivo exige muito vapor para extrair do milho todos os derivados citados acima.

Com o uso do biogás, a cooperativa economiza R$ 100 mil por mês, porque deixa de consumir a lenha de três mil árvores – é como se, todos os dias, 100 árvores deixassem de ser cortadas.

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