O Guaíba, em Porto Alegre, atingiu neste sábado (4) a marca de 5,02 metros. O registro ocorre poucas horas depois da maior cheia do lago na história da Capital, passando a marca de 4,76 metros, que foi registrada no ano de 1941. O motivo são os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29).
Os temporais já deixaram 50 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos no estado. A Defesa Civil soma 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojadas, que estão abrigadas nas casas de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
Na quinta (2), o governador Eduardo Leite (PSDB) se referiu à tragédia como “o maior desastre climático” da história do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, já reconhecido pelo governo federal.
O recorde de cheia foi batido por volta das 21h de sexta (3), com a marca de 4,77 metros registrada pela Defesa Civil municipal na estação de medição do Gasômetro. No início da madrugada deste sábado (4), essa mesma estação registrou 4,88 metros.
Na medição feita pela prefeitura no Cais Mauá, a marcação atingiu 4,82 metros por volta de 1h da madrugada. Duas horas depois, o Guaíba estava em 4,85 metros nesse ponto. Às 8h deste sábado, atingiu 5,02.
Com isso, o Guaíba transbordou e avançou sobre ruas e avenidas. A estação rodoviária da cidade foi inundada e 95% das viagens foram suspensas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado “devido ao elevado volume de chuvas”.
As chuvas fortes que caem no Rio Grande do Sul devem persistir por mais dias e há previsão de mais chuva ao longo do mês.
