No oeste do Paraná, o milho reassumiu a preferência dos produtores – que deixaram de plantar trigo nesta safra. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, essa é a tendência no estado, que aponta que os triticultores paranaenses devem deixar de plantar trigo em 19% da área cultivável.
Segundo o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, a redução na área de trigo está relacionada ao preço pago ao produtor que também caiu.
Em 2024, a cultura de soja não sofreu atrasos, o que favoreceu a entrada do milho no campo.
Segundo o levantamento da safra divulgado nesta semana, as enchentes no estado gaúcho não atingiram a principal região produtora de trigo. Como o estado ainda não começou o cultivo, os impactos na cultura devem ser menores, mas ainda são incertos.
O Paraná e o Rio Grande do Sul concentram 80% da produção nacional de trigo, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimentos (Conab).
“Ainda é uma incógnita. Nós estamos estimando 9 milhões, mas isso ainda em função do histórico, principalmente porque o RS começa o plantio no final deste mês. E, em função de toda a problemática climática, nós não sabemos qual será o impacto na redução de área, que certamente ocorrerá”, explica o diretor executivo de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto.