O Tribunal do Júri condenou, nesta segunda-feira (24), Josué Santos a 37 anos de prisão pelo homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver da menina Isabeli Alexandra Mariano, de 8 anos.
O crime foi em maio de 2023, na comunidade Dona Cida, Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O corpo de Isabeli foi encontrado dentro de um sofá, com indícios de violência sexual e asfixia, na casa de Josué, na época com 37 anos.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), para a condenação, o júri considerou as qualificadoras de feminicídio infantil, cometido com uso de meio cruel, na intenção de assegurar a impunidade de outro crime (o estupro) e contra vítima menor de 14 anos.
Conforme o MP, Josué estava preso desde a época do crime e continuará detido para cumprimento da pena, sem direito a recorrer em liberdade.
Por meio de nota, a Defensoria Pública do Estado do Paraná, responsável pela defesa de Josué, afirmou que recorreu da decisão, mas que não comentará o teor da sentença por conta do segredo de Justiça que envolve o processo.
Isabeli desapareceu na noite do dia 11 de maio de 2023. Na época, a mãe da menina contou que viu a filha pela última vez após deixar ela ir para uma escolinha de futebol, oferecida em um programa social no bairro. No entanto, a instrutora do projeto disse que Isabeli nunca chegou a aula.
Após o sumiço, moradores do bairro e a polícia fizeram buscas pela menina.
A mãe de Isabeli contou que o suspeito a abordou durante as buscas e disse que havia entregado R$ 100 para que a menina comprasse um lanche. Em entrevista à RPC, antes de saber que a filha havia sido assassinada, ela disse que desconfiou da versão.
Enquanto a menina estava desaparecida, segundo a polícia, Josué chegou a participar das buscas e deixou que vizinhos entrassem na casa dele para procurar por Isabeli.