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Carne fica de fora da lista de produtos com aliquota zero

A proteína animal continua com isenção de 60%.
Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN

Na proposta de regulamentação da Reforma Tributária, a carne ficou de fora da lista de produtos da cesta básica com alíquota zero de tributos.

O grupo de trabalho apresentou o relatório e manteve a proteína animal com uma isenção de 60%, como originalmente havia sido encaminhada pelo governo.

Mesmo com o presidente Lula defendendo a alíquota zero, o grupo de trabalho argumentou: a medida traria impactos na alíquota de referência do IVA, que é 26,5%.

Uma solução melhor, é priorizar o cashback para a população de baixa renda. O ponto é que, historicamente, a proteína animal nunca esteve na lista, como explicou um dos integrantes do grupo do trabalho, o deputado Cláudio Cajado.

A carne fica de fora da lista de isenção total, mas outros produtos entraram. Entre eles, produtos voltados para a dignidade menstrual. Absorventes, tampões higiênicos e coletores menstruais.

E as BETS e os carros eletrônicos foram incluídos no Imposto Seletivo, chamado de imposto do pecado, e que terá tributação maior porque fazem mal à saúde ou ao meio ambiente.

Os caminhões ficaram de fora com o argumento que fazem parte do setor produtivo. Já as bebidas alcóolicas terão tributação gradual, conforme o teor alcoólico. E as armas, que foram incluídas na lista pelo Senado, acabaram de fora. Caberá ao plenário decidir.

Uma novidade trazida pelo relatório é a figura do nano empreendedor, que vai isentar quem tem receita anual de até R$ 40.500. Uma inovação, como disse o deputado Reginaldo Lopes.

As conversas, agora, estarão com o Congresso. Segundo o grupo de trabalho, esse relatório de mais de 300 páginas, apresentado nesta quinta-feira, é fruto de consenso com governo e setores.

A previsão é de votação da urgência e do texto na semana que vem. Antes, portanto, do recesso parlamentar, que começa no dia 18.

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