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Inverno mais quente muda pastagens de gado e pode alterar calendário de semeadura no Paraná, diz especialista

Enquanto o pasto de verão tem resistido por mais tempo, plantas de inverno têm tido mais dificuldade para se adaptarem às altas temperaturas.
Foto: IDR

O inverno com temperaturas mais altas tem mudado a dinâmica das pastagens de gado no Paraná e dificultado a adaptação das plantas de inverno.

Normalmente, o pasto passa pelo processo “vazio outonal” – período de baixa oferta de forragem entre os meses de março e junho, quando as pastagens de verão começam a envelhecer e as de inverno ainda estão sendo plantadas.

Porém, com a chegada cada vez mais tardia do frio, as forrageiras de verão, que tinham o ciclo finalizado com o início das baixas temperaturas, têm resistido por mais tempo.

Como explica o engenheiro agrônomo Sebastião Brasil Lustosa, “geadas que eram frequentes aqui a partir do mês de abril praticamente não existem. Com as condições de hoje, [temos] pastagens de verão e inverno praticamente juntas”.

Segundo Lustosa, as mudanças climáticas podem forçar uma adaptação dos produtores, como, por exemplo, realizar mais de uma semeadura ao ano.

“O produtor que estava acostumado a fazer somente uma semeadura, talvez, no verão, vai ter que fazer duas semeaduras, uma de outono e outra, provavelmente, de metade ou início de inverno. Acredito que as pastagens de inverno ficarão cada vez mais curtas” , explica Lustosa.

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