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Acusado de matar e decapitar mulher e adolescente que se negaram a fazer sexo com ele no Paraná é condenado a mais de 70 anos de prisão

Rafael Ribeiro de Abreu foi condenado por estupros, homicídios triplamente qualificados, vilipêndios de cadáver, ocultações de cadáver, corrupção de menores e concurso material e formal.

Rafael Ribeiro de Abreu, homem de 27 anos acusado de matar e decapitar uma mulher e uma adolescente que se negaram a fazer sexo com ele, foi condenado a mais de 70 anos de prisão.

O crime aconteceu em fevereiro de 2022 em Piraí do Sul, nos Campos Gerais do Paraná.

Os corpos de Luana Lopes Teles, de 17 anos, e de Cintia Marques da Silva, de 23 anos, foram encontrados cinco dias após ambas desaparecerem. Um adolescente, suspeito de envolvimento na morte de ambas, mostrou o local do crime. As cabeças de ambas estavam enterradas a poucos metros dos corpos. Relembre detalhes mais abaixo.

O Tribunal do Júri foi realizado na quinta-feira (19).

De acordo com os advogados de defesa e acusação, Rafael foi condenado por todos os crimes aos quais foi denunciado, relativos às ambas as vítimas:

  • dois estupros;
  • dois homicídios qualificados por motivo torpe, recurso que dificultou defesa da vítima e feminicídio;
  • dois vilipêndios de cadáveres;
  • duas ocultações de cadáver;
  • duas corrupções de menores;
  • concurso material e formal – quando são praticados dois ou mais crimes.

Para Jaime Eduardo Villain, advogado que atuou na defesa de Rafael, a pena foi exagerada. Entretanto, ele diz que a sentença não causou perplexidade devido à repercussão e clamor social do caso.

Ele afirma que vai recorrer para diminuir a dosimetria e ressalta que, durante o processo, tentou reduzir as nove qualificadoras denunciadas.

Segundo o advogado, Rafael afirma que a relação sexual dele com Luana foi consensual e os responsáveis pelos homicídios foram os dois adolescentes que estavam com ele naquela noite.

Villain também conta que ambos os adolescentes chegaram a responder por atos infracionais e receberam medidas socioeducativas, que já foram cumpridas. O g1 tenta identificar as defesas deles.

Relembre o crime

Luana e Cintia tiveram o desaparecimento informado no dia 12 de fevereiro de 2022. Os corpos delas foram encontrados em uma área de mato, decapitados, cinco dias depois. As cabeças estavam a cerca de 30 metros, segundo a polícia.

Um vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que as duas entram no carro de Rafael em um posto de gasolina nas margens da PR-151 antes de sumirem.

Segundo a polícia, nas imagens, também está um adolescente de 13 anos, que após ser identificado disse que ele e Rafael mataram as duas mulheres.

O jovem afirmou que o irmão dele, de 17 anos, também teria participado do crime, e apontou o local onde estavam os corpos das vítimas.

Após ser localizado, o irmão mais velho disse que Luana e Cintia foram mortas após terem se recusado a fazer sexo com Rafael e que foi ele próprio que cortou as cabeças das mulheres.

Rafael foi preso e os adolescentes foram apreendidos no Centro de Socioeducação (Cense) de Ponta Grossa.

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