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Repórter do PR vaza dados da polícia para bandidos e é alvo de operação

Com base nas evidências coletadas, o repórter será indiciado pelo crime de integrar organização criminosa, conforme o artigo 2º da Lei 12.850/2013.
(Foto: Reprodução/PCPR)

Um repórter investigado em Maringá foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) na quinta-feira (8). O repórter repassava informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas dos crimes, além das linhas de investigação policial para a organização criminosa.

O suspeito foi indiciado por integrar uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e homicídios na região de Maringá.

Em 2023, a PCPR cumpriu diversos mandados de busca contra membros de uma organização criminosa em Maringá. Em uma das operações, vários aparelhos celulares foram apreendidos e a análise de um dos celulares apreendidos revelou que o repórter, utilizando o acesso proporcionado por sua profissão, repassava informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas dos crimes, além das linhas de investigação policial.

Ele também fornecia informações sobre a localização de equipes de segurança e divulgava detalhes de operações policiais antes de sua execução, potencialmente comprometendo o sucesso dessas ações.

O repórter investigado enviava fotos dos locais de crimes e das vítimas para os integrantes da organização criminosa, permitindo que eles tomassem medidas para evitar a captura e frustrar as investigações.

Um dos trechos mais incriminadores das conversas interceptadas revelou a gravidade da ligação entre o repórter e os criminosos. O repórter não apenas fornecia informações, mas também incentivava atos violentos.

Em uma mensagem, ele disse: “Hoje foram para matar ele e erraram os tiros. Inclusive, deram uma recompensa de R$ 5.000 se alguém matasse ele”. Em outra ocasião, ele mencionou: “Então menino, tinha que ter feito ele, né? Para a gente filmar ele no chão”, demonstrando claramente que ele incentivava o homicídio, reforçando a gravidade de sua colaboração com a organização criminosa.

Com base nas evidências coletadas, o repórter será indiciado pelo crime de integrar organização criminosa, conforme o artigo 2º da Lei 12.850/2013.

A PCPR reafirma seu compromisso com a segurança pública e a luta contra o crime organizado, para garantir a segurança da população paranaense através de investigações rigorosas e operações bem-sucedidas.

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