O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou a vontade de visitar a cela em que esteve preso por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Segundo Lila, a agenda só não será realizada nesta quinta-feira (5) devido à ausência da primeira-dama, Janja da Silva.
“Eu ia fazer uma visita na cela que fiquei preso. Só não vou hoje porque a Janja não está comigo e ela queria ir comigo. E a Neudi [Neudicléia Neres de Oliveira, atual assessora de Janja], que era uma das companheiras que fazia a vigília, não pode vir. E eu vou querer aqui visitar a cela onde eu estive preso, porque eu acho que não vou esquecer os 580 dias [que estive preso]”, disse.
O presidente destacou também que não esquece “nunca” do tempo em que esteve preso. “As coisas boas que te fizeram e as coisas ruins que te fizeram, você não esquece. As coisas ruins, você pode perdoar as pessoas, não guardar mágoa, revelar”, continuou Lula em entrevista para uma rádio paranaense.
Lula chegou à Polícia Federal em Curitiba, em 7 de abril de 2018, para cumprir a pena. O petista ficou preso por 580 dias, até ser beneficiado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão de réus após todos os recursos na Justiça, e não mais após a segunda instância. A condenação do petista se deu nos processos envolvendo a propriedade do tríplex, no Guarujá (SP).
O presidente ficou preso em uma sala isolada, no quarto e último andar do prédio, após determinação do então juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Chamada de ‘Sala de Estado Maior’, a estrutura tinha uma cama, uma mesa com cadeiras e acesso ao banheiro. Ao todo, o espaço tinha cerca de 15 metros quadrados, com uma janela. A alimentação foi igual a de outros presos.