De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral-PR) a produção de mandioca no Paraná deve aumentar 7% neste ano, mesmo com a queda nos preços que afeta o agricultor.
Até o fim de 2024, a área dedicada ao plantio da mandioca deve aumentar 2%, passando de 137,5 mil hectares para 139,7, de acordo com o Deral. A estimativa é de que a produção chegue a 3,7 milhões de toneladas este ano.
A maior parte do que é cultivado no estado vai para a indústria, mas uma parcela da mandioca chega à mesa do consumidor, que procura ainda mais o alimento no inverno. No ritmo da procura, a colheita cresce.
O produtor, Reginaldo de Andrade, começou a cultivar mandioca há apenas cinco anos e hoje ela é o carro-chefe na propriedade dele em Londrina, no Norte do Paraná, ocupando 12 dos cerca de 20 hectares.
Menos suscetível aos extremos climáticos, nos últimos anos, muitos agricultores paranaenses investiram na mandioca. De acordo com o produtor a queda das temperaturas ajuda no aumento das vendas, em até 50%.
Por outro lado, muitos agricultores estão desmotivados em virtude do aumento na oferta, que resultou em uma queda acentuada nos preços. A tonelada da mandioca, que era comercializada a R$ 770 em julho de 2023, chegou a ser cotada a R$ 474 em julho de 2024.
“Os preços tiveram uma leve recuperação no último mês, mas ainda permanecem em níveis mais baixos, 40% inferiores ao do ano passado, mesmo com um aumento de 7% no último mês”, afirma Carlos Hugo Godinho, engenheiro agrônomo do Deral.
“Isso dificulta a situação do produtor e pode refletir na próxima safra que está sendo realizada atualmente.”, explica.