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Nova eleição confirma Mesa Diretora da Assembleia para o biênio 2025/26

Por segurança jurídica, resolução cancelou antigo pleito e elegeu novamente a chapa encabeçada pelo deputado Alexandre Curi (PSD).
Foto: Rogério Machado

A Assembleia Legislativa do Paraná confirmou o comando da Casa para o biênio 2025/26. A nova eleição, nesta segunda-feira (11), manteve os nomes eleitos em agosto, na chapa Fortalecimento e União do Poder Legislativo, com o atual primeiro-secretário, deputado Alexandre Curi (PSD), como o futuro presidente, com mandato de fevereiro de 2025 até 31 de janeiro de 2027. O pleito ocorreu após aprovação de nova resolução anulando a decisão anterior, alterando a data de realização da eleição e permitindo que esta seja convocada apenas a partir do dia 1° de novembro do segundo ano de cada legislatura.

A alteração busca dar segurança jurídica à eleição da Mesa, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressar com uma série de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) contra a antecipação de eleições em várias Assembleias do país. As ADIs da PGR são contra dispositivos de regimentos internos de Assembleias que permitem a antecipação das eleições da Mesa e tramitam no Supremo Tribunal Federal. No entendimento da procuradoria, o marco temporal para a realização da eleição de Mesa Diretora de Assembleia Legislativa deveria ser o mês de outubro.

“Fizemos um ajuste em função de algumas Ações Diretas de Inconstitucionalidade questionando as eleições antecipadas. Não é o caso da Assembleia, mas em outros legislativos. Nós preferimos tomar toda a cautela para não criarmos uma situação que poderia atrapalhar a eleição da Mesa”, explicou o presidente, deputado Ademar Traiano (PSD).

Curi agradeceu a todos os deputados pelo entendimento de que a insegurança jurídica poderia causar problemas para a Assembleia. “De forma unânime entenderam que era necessária a revogação da nossa resolução, alterando o caput do artigo 13 do Regimento Interno, aprovando uma nova resolução. Quero externar a minha gratidão por, mais uma vez, ser eleito pela unanimidade dos deputados aqui da Casa”, afirmou.

Alexandre Curi reforçou que as propostas para a sua gestão são as mesmas já anunciadas com foco na transparência e eficiência. “Nós estamos em busca do selo diamante de transparência. Também vamos continuar levando a Assembleia para mais perto da população, com a Assembleia Itinerante, aumentando o ritmo ano que vem, em diversos municípios do Paraná para ouvir as principais demandas da população”, disse.

Outra meta, segundo ele, é bater o recorde de devolução de recursos ao governo do estado. “A Assembleia é a única do Brasil que devolve 30% do seu orçamento para o Poder Executivo. Esse ano vamos atingir R$ 420 milhões e a expectativa é aumentar em 2025”, planeja.

“Vamos avançar na tecnologia, na inovação, no uso da inteligência artificial. Estamos avançando num diálogo com o Google para trazer essa inteligência artificial para a Assembleia. Também buscamos a sustentabilidade, com prédios inteligentes. Queremos instalar aqui energia solar, acabar com o uso do papel. Então, temos ideias importantes para a 2025, ideias que já se iniciaram nessa gestão”, acrescentou.

Mesa

Na nova composição eleita, o deputado Gugu Bueno (PSD) será o primeiro-secretário; já a deputada Maria Victoria (PP) permanece na Segunda Secretaria. A deputada Flávia Francischini (União) assume como a primeira vice-presidente. Completam o grupo o deputado Delegado Jacovós (PL), como segundo vice-presidente, e o deputado Moacyr Fadel (PSD), que se torna o terceiro vice-presidente. A terceira-secretaria fica sob o comando do deputado Requião Filho (PT), seguido pelo deputado Alexandre Amaro (Republicanos), que permanece como quarto secretário, e pelo deputado Goura (PDT), que será o quinto secretário.

“A eleição foi só uma formalidade. A montagem dessa chapa representa todos os poderes, todas as alas dessa Casa e foi discutida no mês de agosto. Entendemos que, por uma questão de segurança jurídica, era melhor refazer essa eleição. Tivemos mais uma vez uma votação unânime e o Poder Legislativo do Paraná segue firme e forte, cada um cumprindo com o seu papel e fazendo a diferença para a sociedade do Paraná”, declarou Gugu Bueno.

Flávia Francischini se disse feliz em assumir uma posição jamais ocupada por uma mulher na Assembleia. “Mostra como cada vez mais, com competência, sabedoria e trabalho, as mulheres estão ocupando mais espaços, com respaldo dos parlamentares. Feliz de estar ao lado do deputado Alexandre Curi, que ajuda a todos, sempre com portas abertas aos deputados e prefeitos de todo o estado”.

Trajetória

Presidente da Assembleia entre 2023-2025, o deputado Ademar Traiano encerra em fevereiro o quinto mandato consecutivo à frente do Legislativo. Já Alexandre Curi assumirá a presidência pela primeira vez. Atual primeiro-secretário, ele ocupou a mesma a função entre 2007 e 2010. Alexandre Curi iniciou a carreira política acompanhando o avô e ex-presidente do Poder Legislativo paranaense, Aníbal Khury, aos 16 anos. Em 2000, elegeu-se vereador de Curitiba – à época o mais jovem entre as capitais do Brasil. Em 2002, assumiu pela primeira vez uma cadeira no legislativo estadual.

Foi reeleito em 2006, como o deputado estadual mais votado do Paraná. Em 2010, repetiu a votação expressiva da eleição anterior e foi reconduzido com mais de 134 mil votos. Já em 2014, obteve votação em 150 municípios paranaenses, retornando à Assembleia Legislativa. Chegou ao quinto mandato em 2018, com 147 mil votos. Em 2022, tornou-se um dos 10 deputados estaduais mais votados do Brasil, com mais de 237 mil votos.

Eleição

A eleição da Mesa Executiva da Assembleia segue o Regimento Interno da Assembleia Legislativa e é feita por meio de votação nominal, utilizando-se o painel eletrônico de votação, exigida a maioria absoluta de votos.

A Mesa Diretora é o órgão colegiado dirigente dos trabalhos legislativos e administrativos da Casa, formado pelo presidente, por três vice-presidentes e cinco secretários. O mandato é de dois anos. Conforme o Regimento Interno da Assembleia, sua composição observa a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares.

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