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Ex-mulher de autor do atentado no STF é transferida para hospital referência em queimaduras em SC

Segundo a Polícia Civil, ela comprou produto inflamável no amanhecer de domingo, mesmo dia do incêndio.
(Foto: Adriano Da Nahaia/NSC TV)

Com 100% do corpo queimado e em estado grave, a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi transferida ao Hospital Tereza Ramos de Lages, na Serra de Santa Catarina, na noite de domingo (17). A unidade é referência em atendimento de pacientes com queimaduras.

Daiane Dias, de 41 anos, teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 100% do corpo durante um incêndio em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, na residência que pertencia ao ex-marido.

A transferência foi confirmada nesta segunda-feira (18) tanto pela unidade onde ela recebeu o primeiro atendimento, quanto pela Polícia Civil, que informou que, com a mudança de hospital, não obteve novas informações sobre o estado de saúde dela.

O g1 questionou a Secretaria de Estado da Saúde sobre o estado de saúde dela. A pasta informou que, seguindo orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM), não fornece informações de pacientes atendidos ou internados na rede de assistência estadual.

Investigação
Conforme a Polícia Civil, a mulher comprou produto inflamável no amanhecer de domingo em uma loja de Rio do Sul. Em seguida, voltou para a casa e provocou o incêndio, ficando dentro do imóvel.

Em nota, a Polícia Civil, informou que foi até o local, declarou que a principal hipótese é que a mulher tenha colocado fogo no imóvel de propósito em uma tentativa de tirar a própria vida.

Durante a perícia, a Polícia Científica apreendeu uma jaqueta que era, em tese, a utilizada pela mulher e que aparentava conter material inflamável, informou o delegado Bruno Reis. Também foram coletados outros materiais de interesse pericial, para apurar o que ocasionou o incêndio.

A princípio, segundo a Polícia Civil, o incêndio deste domingo não tem relação com o atentado contra o STF.

Na noite de quarta-feira (13), Francisco detonou explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília — um deles em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Depois, ao ser abordado por um vigilante, ele deitou no chão e acionou mais um artefato atrás da cabeça, causando a própria morte. A PF trata o crime como terrorismo.

Incêndio
O fogo foi registrado na manhã de domingo. Na construção, Francisco também trabalhava como chaveiro.

A Polícia Federal também investiga o caso dentro do inquérito que apura o atentado. O Corpo de Bombeiros Militar, que também atendeu a ocorrência, disse que fará uma perícia para apurar as causas do incêndio. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.

O Corpo de Bombeiros Militar informou que foi acionado por volta de 6h57 e que, ao chegar, identificou que o fogo havia tomado parcialmente a residência, de cerca de 50 metros quadrados.

“A equipe começou o combate ao incêndio com uma linha de ataque, foram necessários cerca de 8.000 mil litros de água para debelar as chamas e realizar o rescaldo”, informa outro trecho da ocorrência.

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