Pedro Lucas recusa convite para assumir Ministério das Comunicações

Partido disse que vai indicar novo nome para o posto.
© Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA) recusou ocupar o posto na terça-feira (22). O cargo, que pertence ao União Brasil, está vago desde a saída de Juscelino Filho, denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suspeita de desvio de verbas enquanto parlamentar.

Em nota, o presidente nacional do partido, Antonio Rueda, disse que o União recebeu com “apreço e respeito o convite do presidente”. No entanto, que após uma “avaliação cuidadosa” e de acordo com a bancada, o parlamentar, que é líder do partido na Câmara, optou por permanecer no posto, “posição estratégica para o partido diante da complexidade da agenda legislativa que se apresenta”.

O parlamentar recebeu o convite há quase duas semanas e dialogava com a bancada até então. Mais cedo, ele se reuniu com o presidente nacional do partido, Antonio Rueda, e com o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar sobre o assunto.

Agora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode deixar a legenda escolher outro nome, ou dar o posto para outro partido, deixando o União com dois ministérios, em vez de três. O partido alega que vai indicar um novo nome. “O União Brasil, ciente da importância da pasta das Comunicações, indicará um novo nome técnico para avaliação do presidente da República”, informou em nota.

Em 10 de abril, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que Fernandes foi convidado para assumir o Ministério das Comunicações. A declaração foi dada após reunião entre o líder do União Brasil e Lula, no Palácio da Alvorada, em Brasília. O parlamentar foi indicado para o cargo pelo União Brasil, partido que detinha o comando da pasta na distribuição dos postos com os partidos da base aliada.

Pedro Lucas tem 45 anos e está no segundo mandato como deputado federal. Em 2022, ele foi eleito com 159.786 votos, o segundo mais bem votado no Maranhão. Durante fevereiro de 2023 e fevereiro deste ano, foi vice-líder do governo na Câmara dos Deputados. Além disso, é o atual líder do União Brasil na Casa.

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