Aproximadamente 45% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão fora da tarifa adicional de 50% aplicada pelo governo norte-americano contra o Brasil.
O balanço preliminar foi divulgado nesta quinta-feira pelo MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, um dia após a ordem executiva do tarifaço ser assinada pelo presidente Donald Trump.
O documento da Casa Branca lista cerca de 700 produtos que ficaram isentos da tarifação adicional, entre eles aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro. Atualmente, a taxa aplicada a essas exportações é de até 10%.
Esses produtos representam U$ 18 bilhões em exportações do Brasil para os Estados Unidos. Em 2024, no total, foram vendidos mais U$ 40 bilhões em produtos brasileiros para solo norte-americano.
Segundo o levantamento da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, a tarifa adicional de 50% vai incidir sobre 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, o que correspondeu a U$ 14,5 bilhões em 2024.
Os 19,5% restantes estão sujeitos a tarifas específicas, aplicadas a todos os países, e representam aproximadamente U$ 8 bilhões em exportações. É o caso de autopeças, cuja alíquota é de 25%; e aço, alumínio e cobre, 50%.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço destaca que a maior parte das exportações brasileiras, 64%, segue concorrendo com produtos de outras origens no mercado americano em condições semelhantes. E que os produtos em trânsito não serão afetados pelas tarifas adicionais.