Pai que forçou filha a gravar vídeos íntimos atraiu vítima com convite a passeio, diz MPPR

Idoso de 63 anos e a companheira, de 34 anos, foram denunciados por crimes como exploração sexual. Casal foi denunciado após patroa da mãe das vítimas receber conteúdo.
(Foto: Ilustração / IA)

O pai que forçou a filha e a enteada a gravarem vídeos íntimos foi denunciado por exploração sexual. Os crimes aconteceram em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em outubro de 2024. A companheira dele, de 34 anos, também foi denunciada e responde pelos crimes contra as adolescentes, de 15 e 13 anos.

O pai que forçou a filha e a enteada a gravar vídeos íntimos e a companheira dele já estão presos preventivamente. Eles são acusados de associação criminosa, tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, produção e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil, além de ameaça, estupro de vulnerável e corrupção de menores.

Além disso, o Ministério Público do Paraná afirma que há outras pessoas que ainda não foram identificadas, mas que participaram das produções ilegais. Com a denúncia, agora os acusados aguardam a decisão do juiz.

“A denúncia já foi recebida pelo juízo e as vítimas foram contatadas pelo Ministério Público para fins de proteção dos direitos, informação sobre o processo e, para assegurar, acesso aos serviços de assistência psicológica”, disse o promotor Vinicius Ribeiro de Rezende.

O caso do pai que forçou a filha a gravar vídeos íntimos veio à tona depois que a mãe de uma das vítimas e ex-companheira do acusado, denunciou o crime na Polícia Civil do Paraná (PCPR) depois que sua chefe recebeu um dos conteúdos pornográficos.

Os investigadores descobriram que os acusados estipularam metas diárias de produções que deveriam ser feitas pelas vítimas, sob ameaça de divulgação do material para familiares e pessoas de convívio próximo.

Do mesmo modo, os investigados ameaçaram matar o pai de uma das adolescentes e a avó materna delas, segundo apurou a polícia. Os crimes aconteceram até pelo menos fevereiro deste ano, quando a mãe fez a denúncia.

Como agiam os acusados
Conforme a promotoria, os crimes tiveram início quando os denunciados convidaram as adolescentes para um passeio. Quando estavam no carro, as meninas tiveram os rostos cobertos por um capuz, para que não vissem para onde estavam sendo levadas.

“Quando chegaram na residência dos denunciados, em Curitiba, foram coagidas a produzirem vídeos com conteúdo íntimo. A partir dessas primeiras filmagens, elas passaram a ser constantemente chantageadas pelos denunciados, que exigiam que continuassem a produzir conteúdos pornográficos, na residência delas, em Rio Branco do Sul: entre elas e com a participação de terceiros”, afirmou o Ministério Público.

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