Homem assassinado após sair de casa de pijama no Paraná foi esfaqueado mais de 15 vezes, conclui laudo

Motivação ou identidades de suspeitos não foram divulgadas pela polícia.

Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, foi assassinado com 18 facadas, de acordo com o laudo da Polícia Científica. A informação foi divulgada por Luã Mota, delegado da Polícia Civil (PC-PR).

O homem foi encontrado morto em uma estrada rural em Iporã, no noroeste do Paraná, após sair de casa de pijama dizendo à mãe que ia buscar um carregador de celular na casa de um amigo. Na terça-feira (30), o homicídio completou um mês.

Até a última atualização desta reportagem, não foram divulgadas informações sobre identificação de suspeitos. A investigação do caso segue sob sigilo.

“As investigações estão avançando e estamos analisando todos os elementos reunidos”, o delegado informou ao g1.

Danilo era o único filho de Zilda Ferreira Bido, que espera por justiça.

“Antes de morrer, queria saber quem fez isso com o meu filho.[…] Para uma mãe desesperada tá sendo uma tortura esperar por esse tempo e nada. Eu espero justiça, pois meu filho não merecia morrer assim. Ele era um menino muito querido pela sociedade”, afirmou.

Danilo trabalhava como multiplicador em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento científico, em Toledo, no oeste do Paraná – cidade a 103 quilômetros de distância de Iporã –, mas visitava a família todos os meses.

Conforme apurado pela polícia, ele não tinha antecedentes criminais ou desavenças. O jovem foi descrito por familiares como uma pessoa pacífica, carinhosa e respeitosa.

“O Danilo era uma pessoa de luz, ajudava todo mundo, carinhoso, alegre, sorridente. Ele também nunca teve intriga com ninguém, sempre foi na dele, um menino muito respeitoso, cuidava muito da mãe dele”, disse a prima Kamila Bido Demetrio.

Momentos antes do crime
Na noite de 30 de agosto, Danilo participou de um evento. Testemunhas relataram à família que ele parecia nervoso e mexia muito no celular. Por volta da meia-noite, ele chegou à casa da mãe, em Iporã.

Cerca de meia hora depois, já de pijama, Danilo disse para a mãe que precisava sair para buscar um carregador de celular na casa de um amigo. Ela tentou impedir, dizendo que já era tarde, mas o jovem insistiu.

Segundo o delegado Luã Mota, essa foi uma desculpa usada pela vítima para sair de casa. Às 01h33, Zilda tentou ligar para o filho, mas a chamada foi atendida e desligada em seguida. A última atividade registrada no celular foi às 00h57.

“Eu falei ‘não, meu filhinho, não vai, já está tarde”. Danilo disse que iria, sim, porque não queria ficar sem conexão com a internet [..] Depois, eu comecei a ligar e ligar e não atendeu mais. Aí fiquei nervosa, tomei remédio para dormir. Acordei 4h e estava do mesmo jeito, ele olhou [o aplicativo de mensagens] 00h57. Daí não consegui dormir mais. Aí foi à procura constante. Fiquei com a minha amiga rua acima e rua abaixo procurando. Até que veio 9h a notícia”, a mãe lembra.

Cena do crime
Na manhã do dia 31 de agosto, um casal que passava pela Estrada Jandaia, na zona rural de Iporã, encontrou o corpo de Danilo e acionou a Polícia Militar.

Ele foi encontrado a cerca de 100 metros de distância do carro dele, em uma área rural a aproximadamente três quilômetros da casa da mãe.

O veículo estava com manchas de sangue e o celular da vítima não foi encontrado. O corpo de Danilo estava com marcas de facada.

Investigação
O caso é tratado como homicídio pela polícia. Até o momento, o delegado afirmou que sabe o motivo da saída de Danilo naquela noite, mas a informação está sob sigilo para não comprometer a investigação.

As últimas informações fornecidas pela polícia foram de que imagens de câmeras de segurança da região seriam analisadas para tentar rastrear o trajeto da vítima e que ainda estava sendo aguardado o laudo da Polícia Científica, com a causa da morte e o número de golpes sofridos por Danilo.

Contudo, até a última atualização desta reportagem, o delegado não informou se essas análises foram concluídas.

Como denunciar?
As denúncias sobre o caso podem ser comunicadas pelo telefone 197, da PC-PR, ou pelo 181, do Disque-Denúncia. É possível fornecer informações de forma anônima.

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