A polícia do Paraguai desmantelou um laboratório clandestino de extração de resina de cannabis na região de Amambay, a cerca de 100 quilômetros da fronteira com o Brasil. O processo, que utiliza gás butano, produz um concentrado altamente potente de THC, conhecido como BHO (óleo de haxixe extraído com butano), considerado até quatro vezes mais potente que a maconha comum.
Durante a incursão em uma área de mata, agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) encontraram três áreas de plantações em crescimento, cada uma com seis hectares. No local, funcionava um centro de produção e armazenamento com um laboratório improvisado.
Na operação, foram apreendidos mais de 1.200 quilos de maconha picada prontos para a comercialização, distribuídos em 65 bolsas, além de 5 quilos de sementes. Três acampamentos foram desmantelados, e os agentes recolheram onze botijões de butano e outros equipamentos utilizados no processo clandestino de extração da resina.
O chamado BHO é um concentrado de THC, o principal componente ativo da maconha. Seus perigos para os usuários vão desde resíduos tóxicos nos pulmões até crises de pânico e taquicardia. Além dos riscos para a saúde pública, a própria produção do BHO envolve grande perigo de explosões, devido ao uso do gás butano.
A ação de combate na região de Amambay reforça a importância de focar não só no cultivo e no armazenamento da maconha, mas também nas novas formas de transformação e concentração da droga, que elevam os riscos para a saúde e para a segurança das pessoas.