Esposa de foragido não tem envolvimento na morte de desaparecidos em Icaraíma, diz delegado

Grávida de oito meses, esposa de Paulo Ricardo Buscariollo depôs e foi liberada pela Polícia Civil do Paraná.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que a princípio, a esposa de Paulo Ricardo Buscariollo não está envolvida nas mortes dos quatro homens que estavam desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná. A jovem retornou ao município e foi ouvida na quinta-feira (2).

Conforme as informações da polícia, a esposa de Buscariollo está grávida de oito meses e foi fazer um exame pré-natal em um hospital de Umuarama. Após prestar o depoimento, a moça foi liberada.

De acordo com o delegado Gabriel Meneses, a jovem é considerada declarante e não é investigada pela morte dos desaparecidos em Icaraíma.

“Ela é declarante (testemunha). Não é investigada. No momento, não há indícios de que ela tenha envolvimento com os homicídios”, informou o delegado.

Meneses explicou ainda que o conteúdo do depoimento da jovem não foi divulgado.

Pai e filho continuam foragidos pela morte de desaparecidos em Icaraíma
Paulo Ricardo Buscariollo e Antônio Buscariollo estão foragidos desde agosto de 2025, quando a Polícia Civil do Paraná emitiu mandados de prisão por envolvimento no desaparecimento de Alencar Gonçalves dos Santos, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Afonso e Robishley Hirnani.

Os quatro ficaram desaparecidos em Icaraíma desde o dia 5 de agosto, quando foram negociar uma dívida referente a venda de uma propriedade rural. Os corpos foram encontrados enterrados no dia 19 de setembro, próximo a Mata do Tenente.

O caso segue sendo investigado pelas forças de segurança do Paraná.

Declarações de óbito apontam causas das mortes
As declarações de óbito de Rafael, Robishley e Diego apontam para as mesmas causas das mortes: traumatismo crânio encefálico, politraumatismo e disparo de arma de fogo. Ferimentos típicos em caso de tortura.

Para Josiane Monteiro, advogada que representa as famílias de Rafael e Robishley, os quatro desaparecidos em Icaraíma não foram mortos na emboscada.

“Temos certeza que eles não morreram no momento da emboscada. Que a emboscada aconteceu não temos dúvida, as evidências estão claras com as marcas na Fiat Toro. Os traumas demonstrados pela perícia mostram que essas pessoas não morreram naquele momento”, disse a advogada.

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