O Paraná foi o estado que mais apreendeu maconha nos primeiros oito meses deste ano, de acordo com informações divulgadas na quinta-feira (19) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O levantamento feito na base de dados do órgão revela que entre janeiro e agosto foram apreendidas 284 toneladas da droga no território paranaense. Na sequência estão Mato Grosso do Sul (262 toneladas), São Paulo (153 toneladas) e Santa Catarina (43 toneladas).
“Os investimentos do Governo do Estado nas forças de segurança com efetivo, tecnologia, armamentos e viaturas contribuíram para estarmos em uma excelente posição no Brasil”, disse o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira. “Todas essas aplicações colaboraram para que houvesse a redução de alguns índices criminais em nosso Estado. Atingimos índices cada vez maiores nas apreensões, tanto na fronteira como nas rodovias do Estado. Todos esses investimentos ajudaram a dar a resposta que a população espera”, destacou.
Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública Validador de Dados Estatísticos (Sinesp VDE), plataforma usada pelos agentes de segurança pública dos estados para reportar crimes e outras ocorrências. De acordo com o Sinesp, além dos 284.421,97 quilos de maconha, foram retiradas de circulação no território paranaense cerca de 4 toneladas de cocaína e crack.
Os sete municípios com maior apreensão de drogas no Estado foram Cascavel, Guaíra, Toledo, Foz do Iguaçu, Pato Bragado, Santa Helena e Diamante do Oeste.
O crime de tráfico de drogas lidera o ranking dos delitos mais comuns entre os detentos do país, considerando as pessoas já condenadas e os presos provisórios. O Paraná está na sétima posição com o maior número de pessoas presas por tráfico de drogas. De acordo com os dados do Ministério da Justiça, a média do Brasil é 60,12. O Paraná está acima da média, com 73,27.
O aumento dos atendimentos de ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas se deve à produtividade das forças policiais, que vêm atuando diariamente com investigações, policiamento, trabalho de inteligência, atuação integrada e operações em conjunto, até mesmo com outros estados, visando interromper cada vez mais a cadeia do tráfico.
De acordo com a Sesp/PR, o levantamento pode ser acessado por gestores da área da segurança pública e será disponibilizado para a população até o final do ano.
OUTROS CRIMES – O Paraná também apresentou outros bons índices de redução de criminalidade em 2023. O crime de homicídio, por exemplo, teve redução de 11%, caindo de 1.360 entre janeiro a agosto de 2022 para 1.189 no mesmo período em 2023. Com isso, o Paraná fica na 6º posição do ranking nacional. Além disso, dos 399 municípios do Estado, 178 não registraram homicídios durante o período de janeiro a agosto deste ano, ou seja 44%.
“Por orientação do governador Ratinho Junior, estamos com uma operação desencadeada visando diminuir cada vez mais esses números de homicídios em todo o Estado”, ressaltou o secretário.
ARMAS APREENDIDAS – Desde 2019, o Paraná contabiliza 30.495 armas apreendidas, que saíram das ruas através das ações das polícias Civil, Militar, Penal e Científica.
“Temos intensificado as operações, visando nas buscas para localizar armas, o que tem resultado no aumento destas apreensões. Nosso estado é o 5º com o maior número de apreensões de armas de fogo. Somente de janeiro a agosto de 2023 foram aproximadamente 4.500 armas retiradas das ruas nas operações das polícias”, contou o secretário.
Dos 399 municípios paranaenses, 130 (33%) tiveram aumento no número de apreensões de armas, se comparado com janeiro a agosto deste ano com o mesmo período do ano anterior.
Do total de 4.396 armas apreendidas, nos oito meses, 155 apreensões foram em Cascavel. Na sequência está Curitiba, com 299 armas, de acordo com relatório do Centro de Análise, Planejamento e Estatística, da Secretaria da Segurança Pública do Paraná.
DISQUE DENÚNCIAS – O Disque-Denúncia 181 da secretaria estadual de Segurança Pública é um canal para o registro de crimes pela população. O serviço recebeu 30.327 denúncias ao longo dos primeiros oito meses de 2023, segundo um balanço Sesp. O levantamento indica também que a participação da população foi mais intensa com informações sobre o tráfico de drogas, que foi denunciado 10.811 vezes no período.
De janeiro a agosto, o 181 foi decisivo para as polícias Militar e Civil nas operações contra o crime organizado. Graças às informações enviadas anonimamente pela população, os setores de inteligência desencadearam ações que desarticularam atividades criminosas em várias regiões do Estado.
Com informações da AEN