A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) lidera levantamento divulgado hoje pela Paraná Pesquisas sobre a disputa pela vaga do senador Sergio Moro (União Brasil), que responde processo de cassação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) por abuso do poder econômico e caixa dois de campanha. Em caso de cassação de Moro, seria realizada uma nova eleição para o Senado no Estado. O instituto testou seis cenários diferentes de candidatos para a eventual nova eleição e Michelle Bolsonaro lidera com folga os três em que seu nome foi incluído.
A possibilidade de lançamento da ex-primeira-dama como candidata ao Senado pelo Paraná passou a ser cogitada nos bastidores a medida que o processo contra Moro avançou.
No primeiro cenário cogitado, Michelle Bolsonaro aparece com 35,7% das intenções de voto, à frente do ex-senador Alvaro Dias (Podemos), citado por 24,4%; e da presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann, com 16,2%. A mulher de Moro, deputada federal por São Paulo, Rosângela Moro (União Brasil) figura em quarto, com 7,4%.
No segundo cenário, sem Rosângela Moro, Michelle amplia a vantagem, com 39,3%, contra 26% de Alvaro e 16,5% de Gleisi. No terceiro, sem Alvaro Dias, a ex-primeira-dama tem a sua maior vantagem, com 44,3% das intenções de voto, contra 21,8% de Gleisi e 11,5% do deputado federal Ricardo Barros (PP).
Já no quarto cenário, sem Michelle Bolsonaro, Alvaro aparece na liderança, com 29,8%, contra 17,9% de Rosângela Moro e 16,1% de Gleisi. No quinto, sem Rosângela Moro, o ex-senador amplia a vantagem, chegando a 34,4%, contra 16,7% de Gleisi e 14,3% do ex-deputado federal Paulo Martins (PL).
No último cenário testado, sem Alvaro, Michelle ou Rosângela Moro, Gleisi assume a liderança, com 22,3%, contra 18,8% de Paulo Martins e 17,4% de Ricardo Barros.
O ex-juiz responde a duas ações do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tramitam em conjunto. Os dois partidos acusam Moro de ter usado a pré-campanha de pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos como manobra para driblar os limites de gastos da campanha ao Senado. A defesa de Moro nega as acusações alegando que a jurisprudência não prevê que os gastos da pré-campanha sejam contabilizados nas despesas da campanha propriamente dita.
Os processos contra Moro no TRE do Paraná investigam caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação – mas para haver um novo pleito, é preciso que Moro seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O caso só deve chegar ao TSE no ano que vem.
O levantamento ouviu 1.556 eleitores entre os dias 19 a 23 de outubro com margem de erro de
2,5%.
Veja abaixo os números da pesquisa:
Cenário 1
Michelle Bolsonaro (PL) 35,7%
Alvaro Dias (Podemos) 24,4%
Gleisi Hoffmann (PT) 16,2%
Rosângela Moro (União Brasil) 7,4%
Ricardo Barros (PP) 4,9%
Sergio Souza (MDB) 1,5%
Não sabe/não respondeu 3,7%
Nenhum/branco/nulo 6,2%
Cenário 2
Michelle Bolsonaro (PL) 39,3%
Alvaro Dias (Podemos) 26%
Gleisi Hoffmann (PT) 16,5%
Ricardo Barros (PP) 5,3%
Sergio Souza (MDB) 1,7%
Não sabe/não respondeu 4,2%
Nenhum/branco/nulo 6,9%
Cenário 3
Michelle Bolsonaro (PL) 44,3%
Gleisi Hoffmann 21,8%
Ricardo Barros (PP) 11,5%
Sergio Souza (MDB) 2,6%
Não sabe/não respondeu 5,9%
Nenhum/branco/nulo 13,8%
Cenário 4
Alvaro Dias (Podemos) 29,8%
Rosângela Moro (União Brasil) 17,9%
Gleisi Hoffmann (PT) 16,1%
Paulo Martins (PL) 11,3%
Ricardo Barros (PP) 7%
Sergio Souza (MDB) 1,7%
Não sabe/não respondeu 4,8%
Nenhum/branco/nulo 11,4%
Cenário 5
Alvaro Dias (Podemos) 34,4%
Gleisi Hoffmann (PT) 16,7%
Paulo Martins (PL) 14,3%
Ricardo Barros (PP) 9,1%
Sergio Souza (MDB) 2,1%
Não sabe/não respondeu 5,8%
Nenhum/branco/nulo 17,6%
Cenário 6
Gleisi Hoffmann (PT) 22,3%
Paulo Martins (PL) 18,8%
Ricardo Barros (PP) 17,4%
Sergio Souza (MDB) 3,5%
Não sabe/não respondeu 8,6%
Nenhum/branco/nulo 29,4%
Com informações do Política em Debate