O suspeito de matar um casal de idosos em Porto União, no Norte de Santa Catarina, pode ter usado um trator para enterrá-los no quintal de casa, onde os corpos foram encontrados, informou a Polícia Civil na sexta-feira (27).
As vítimas, identificadas como Ivo Romano Lerner, 63, e Ana Rita Zanelle, 68, tinham marcas de tiro. O suspeito, que é filho do homem morto, foi preso após decisão judicial.
Conforme o delegado Saul Bogoni Junior, responsável pela investigação, o suspeito foi visto por vizinhos na segunda-feira (23) arando a terra com um trator a cerca de 400 metros da casa onde o casal vivia, no mesmo local em que os cadáveres estavam.
A ação levantou suspeita de testemunhas porque está fora da época de plantio. Foram próprios familiares que fizeram buscas e acharam as vítimas no local na quinta-feira (26).
O homem preso estava com passagens compradas para embarcar para São Paulo na noite de quinta-feira, o que levanta a hipótese de que estaria tentando fugir. Em princípio, ele é o único suspeito.
Segundo familiares, os idosos estavam desaparecidos desde a noite de 22 de outubro, mas um boletim de ocorrência foi registrado no dia seguinte. Eles tinham um relacionamento de pouco mais de um ano e moravam sozinhos no terreno, no comunidade de São José do Maratá.
Cena do crime
Conforme Bogoni, embora não haja testemunhas do momento do crime, há indícios que apontam que o casal teria sido morto enquanto dormia, já que havia diversas manchas de sangue na parede e no chão do quarto, além do banheiro e rastros em outros cômodos da casa.
Os pertences do casal, no entanto, estavam intactos e o imóvel não estava revirado.
Conforme relatório da Polícia Militar, que também foi acionada ao local, um colchão queimado foi encontrado no terreno e havia marcas do pneu do trator onde os cadáveres foram encontrados.
A suspeita é que o casal tenha sido assassinados por arma de fogo, mas o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) vai confirmar ou não a hipótese. A Polícia Civil aguarda o documento.
Parentes entregaram aos policiais uma espingarda, que tinha documentação e é registrada no nome do suspeito. A Polícia Científica irá analisar a arma e identificar se foi a utilizada no crime.
Com informações do G1
