Como um grande quebra-cabeças, o agricultor Dionísio Bertoldi construiu, com as próprias mãos, uma casa juntando milhares de pedras de diferentes tamanhos e formatos. O imóvel em Rodeio, cidade de 12,7 mil habitantes no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, levou duas décadas para ficar pronto.
Ele calcula que usou entre 2,5 mil e 3 mil pedras na obra. Todas foram selecionadas, cortadas e encaixadas manualmente, sem ajuda de máquinas.
Descendente de italianos, Dionísio quis que a casa tivesse o estilo das construções do país dos seus antepassados. Para isso, aprendeu técnicas de construção e buscou ferramentas adequadas. Quando dominou o processo, a obra avançou.
"Eu juntei pedra por pedra, até que consegui fazer a casa. Uma parte, eu quebrei aqui na propriedade. E depois, eu comprei um pouco de pedras por aí", conta.
A casa é a realização de um sonho que começou a ser construído em 1995. Hoje, aos 70 anos, ele agradece por não ter dado ouvidos a quem duvidou dele.
"Recebi muitas críticas, porque o pessoal achava que era bem mais fácil fazer uma casa de alvenaria, fazer de madeira. Mas para que vai fazer uma casa de pedra? Agradeço a Deus por ter tido essa ideia", confessa.
Pedras saíram do próprio quintal
Nas horas livres, Dionísio extraía pedras do próprio quintal. Ele perdeu a conta de quantas vezes machucou as mãos com marretadas e de quantos ataques de abelhas sofreu na mata. A casa ficou pronta em 2015, depois de enfrentar vários desafios.
São 10 cômodos e nada de reboco ou tinta para não tirar o aspecto rústico. As paredes têm cerca de 25 centímetros de espessura. As portas também foram ele mesmo fez. Já as janelas, Dionísio mandou produzir.
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