O Brasil tem se destacado no cenário mundial como o país que mais se utiliza de técnicas não tóxicas de produção agrícola. A maior parte dessa posição de liderança se deve à agricultura familiar. Com base em pesquisa recente, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) destacou que 64% dos produtores brasileiros utilizaram-se de biofertilizantes e 61% de biodefensivos, durante o ano de 2024.
A Embrapa informa que a taxa tem registrado crescimento, superando os dados de 2022. A pesquisa foi realizada pela consultoria Mckinsey. Em termos comparativos, o conjunto dos países europeus sinaliza índices de 33% e 25%, respectivamente. México, país que mais se aproxima do Brasil nos dois quesitos, marca 46% e 22%.
Durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, encerrada no último dia 22, a Embrapa lembrou que agrotóxicos e fertilizantes químicos são motivo de preocupação e críticas por parte de ambientalistas e pesquisadores, por conta de seu potencial destrutivo ao meio ambiente e às pessoas que consomem os alimentos que contêm esses produtos em suas composições. Os malefícios se estendem pelas vias fluviais e lençóis freáticos.
A diretora de inovação, negócios e transferência de tecnologia da Embrapa Agricultura, Ana Euler, debateu outras ações que a empresa tem ajudado a implementar no Brasil, como agricultura regenerativa, crédito de carbono, bioeconomia florestal para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, pecuária sustentável e os sistemas integrados de produção, inclusão socioprodutiva e digital de de agricultores familiares, povos indígenas e extrativistas, agregação de valor aos produtos da Amazônia.
A Jornada pelo Clima, projeto que a Embrapa levará para a COP30, em Belém, em 2025, também ocupou espaço na agenda.