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Brasil: Ondas de calor aumentam 520% em 60 anos

Estudo do Inpe mostra que o clima do Brasil está mudando rapidamente, com aumento da temperatura e das ondas de calor.
(Foto: Divulgação/Inpe)

 

Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o clima do Brasil está mudando rapidamente, com aumento da temperatura e das ondas de calor, especialmente no Nordeste e no Norte.

O estudo, que avaliou os dados sobre as mudanças do clima observadas no Brasil nos últimos 60 anos, mostra que a temperatura máxima média no país aumentou 1,1°C no período. A região Nordeste foi a que apresentou o maior aumento, com 1,5°C.

“O mais recente relatório do IPCC destacou que as mudanças climáticas estão impactando diversas regiões do mundo de maneiras distintas. Nossas análises revelam claramente que o Brasil já experimenta essas transformações, evidenciadas pelo aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos em várias regiões desde 1961 e irão se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global”, ressalta o pesquisador do Inpe Lincoln Alves, que coordenou os estudos.

O estudo também mostra que o número de dias com ondas de calor aumentou 520% no Brasil desde 1961.

Em 1961, o país registrava, em média, apenas 7 dias com ondas de calor por ano. Em 2020, esse número chegou a 52 dias.

As ondas de calor são períodos de temperaturas muito altas, que podem causar problemas de saúde, como desidratação, insolação e hipertermia.

Chuvas no Brasil
O estudo do Inpe também mostra que as mudanças climáticas estão afetando a distribuição da chuva no Brasil.

O Nordeste e o Norte do país estão registrando uma redução na precipitação, enquanto o Sul está registrando um aumento.

No período de referência, entre 1961 e 1990, as áreas que abrangem o norte do Nordeste e o centro do país registravam, em média, 80 a 85 dias consecutivos secos.

O número subiu para cerca de 100 dias para o período de 2011 a 2020.

Os mapas demonstram que a região Sul vem sendo a mais afetada pelas chuvas extremas ao longo das últimas décadas.

No período de referência, a precipitação máxima em cinco dias era de cerca de 140 mm. O número subiu para uma média de 160mm.

Com informações do Canal Rural

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