Uma carta anônima e um informante ajudaram a Polícia Militar (PM-PR) a localizar em Icaraíma, no noroeste do Paraná, o carro usado pelos homens que desapareceram após cobrar uma dívida. A informação foi confirmada ao g1 pelo coronel Hudson Leôncio Teixeira, secretário de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, na manhã de sábado (13).
Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso saíram de São José do Rio Preto (SP) e encontraram Alencar Gonçalves de Souza – que os contratou para a cobrança – na cidade do noroeste do Paraná. Os quatro foram vistos pela última vez no dia 5 de agosto.
O papel foi deixado em frente à casa do pai de uma das vítimas. Os detalhes de como ela foi encontrada, entretanto, não foram divulgados.
A carta diz que “os corpos dos homem [sic] estão no sítio […], Estrada da Jundiá na Mata do Tenente dentro do carro enterrado. O sítio é a 500 metro [sic] da igrejinha a esquerda. Eu investiguei um suspeito e ele me falou”.
Os nomes que estão na carta foram borrados pelo g1 porque não há informação de que são pessoas investigadas no caso.
A PM disse que o veículo foi encontrado na tarde de sexta-feira (12). O bunker em que ele estava fica a nove quilômetros de distância “da propriedade que possa ter relação com o crime”, conforme a nota.
A picape também estava coberta por uma lona, e foi necessário realizar escavações para conseguir puxar ela para fora. Depois de retirada, a Polícia Científica encontrou vestígios de sangue e marcas de disparos de arma de fogo.
“Nós, na hora de manusearmos esse veículo para o guincho estar fazendo a remoção e entrega dele na delegacia, localizamos ainda um objeto no interior do veículo com o nome de uma pessoa. Esse objeto foi apreendido também e entregue à autoridade para fazer os exames posteriormente”, disse Guilherme Schnaider, tenente da PM-PR Ambiental.
Até a última atualização desta reportagem, as vítimas não foram encontradas. As buscas devem seguir na região pelo Corpo de Bombeiros, pela PM-PR e pela Polícia Civil (PC-PR).
O caso é tratado como crime de homicídio pela PC-PR. As investigações estão sob sigilo.