O plantio da soja na região de Francisco Beltrão, no Paraná, já atingiu mais de 40% da área planejada, segundo dados da Safras & Mercado. De acordo com Agustinho Girardello, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), os agricultores estão iniciando a semeadura assim que completam a colheita do trigo, em uma área total estimada de 310 mil hectares.
As condições das lavouras são positivas, com 60% das plantas em germinação e 40% em desenvolvimento vegetativo. Girardello mostrou-se otimista, ressaltando que as condições climáticas têm sido favoráveis, com chuvas regulares ajudando no progresso do cultivo.
Situação no estado
O cultivo de soja no Paraná já está em andamento, com a liberação da cultura em todas as regiões. No sudoeste, onde o plantio é antecipado, o avanço é visível, beneficiado pelas chuvas de setembro. Em Maringá, as precipitações também trouxeram alívio, embora ainda existam desafios a serem enfrentados pelos produtores.
Zezé Sismeiro, diretor da Aprosoja-PR, comentou sobre a situação econômica: “Os custos elevados continuam a pressionar a lucratividade. Enquanto o preço da saca de soja caiu, os custos de insumos, maquinário, peças e óleo diesel não acompanharam essa queda.”
O que se espera?
No ciclo anterior, o Paraná colheu 18,3 milhões de toneladas de soja, uma queda em relação ao ano anterior. Apesar do início promissor da nova safra, os agricultores permanecem cautelosos devido aos altos custos que afetam suas margens de lucro.
Alguns agricultores que semearam em condições secas têm conseguido resultados satisfatórios, mas muitos enfrentam um plantio mais lento nas áreas que recentemente liberaram o vazio sanitário. A expectativa de uma melhora persiste, mas os produtores continuam lidando com incertezas no processo de semeadura.