As contas do governo central – que envolve Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social –, ficaram no vermelho, no primeiro semestre, em R$ 68,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, o déficit foi menor: R$ 43 bilhões. O Tesouro apresentou um balanço nesta sexta-feira (26).
Esse resultado vem da diferença entre o superávit de R$ 129,5 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central contra o rombo de 198,2 bilhões na Previdência Social, de acordo com nota do Tesouro.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse acreditar que as contas podem se aproximar da meta de déficit zero durante o segundo semestre, mas é preciso trabalhar as despesas:
“quando você olha a perspectiva de 12 meses, o acumulado do ano, tem alguns fatores que geraram um resultado um pouco maior, mas a gente começa um processo de recuperação e considero crível, possível de fato, fica dentro do intervalo da banda primária desse exercício”.
As receitas cresceram por causa do aumento de arrecadação dos impostos cobrados de empresas, da tributação de investimentos no exterior e do bom desempenho do mercado de trabalho.
Segundo o Tesouro, a subida das despesas é explicada principalmente pela antecipação do pagamento do 13º salário da previdência social, que terminou em junho, além do aumento dos beneficiários do BPC e da valorização do salário-mínimo.
Somente no mês de junho, o prejuízo foi de R$ 38,8 bilhões. Melhor que o mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi de R$ 45,1 bilhões negativos.