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Crianças ficam ilhadas dentro de ônibus escolar após alagamento em Guaratuba

Outras cidades do litoral também enfrentam alagamentos.
(Foto: Corpo de Bombeiros)

10 crianças, um motorista e um monitor passaram a noite de sexta-feira (7) ilhados dentro de um ônibus escolar após um alagamento em Guaratuba, no litoral do Paraná.

Segundo o Corpo de Bombeiros, elas estudam no turno da noite e estavam voltando para casa. Por conta da forte chuva que atingia a cidade, o veículo ficou em um lugar de difícil locomoção, em uma área seca e isolado entre dois rios.

A situação foi registrada no bairro Cubatão. O alagamento foi causado pela quantidade de chuva que atingiu a cidade na noite de sexta-feira (6) e na madrugada deste sábado.

Conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Guaratuba registrou 42,8 milímetros de chuva na sexta. Já nas primeiras horas deste sábado, foram 17,0 milímetros.

Quando a água abaixou, dois pais conseguiram chegar até o local e buscaram os respectivos filhos. Enquanto isso, as outras ficaram sob os cuidados do motorista e da monitora.

Assim que foi possível o deslocamento, os adultos seguiram, a pé, e deixaram as crianças nas respectivas casas.

Por conta da dificuldade de contato, o acionamento do Corpo de Bombeiros aconteceu apenas na manhã deste sábado (8).

Uma embarcação da corporação foi encaminhada para o local e, após as condições meteorológicas permitirem, uma aeronave do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) sobrevoou a região.

A estrada pela qual o veículo seguiria ficou destruída por conta da água, conforme a Prefeitura de Guaratuba.

Deslizamento e desalojados
A situação de estragos causados pela chuva se repete em outras cidades do litoral paranaense.

Segundo a Defesa Civil do Paraná, 59 pessoas estão desalojadas e 13 desabrigadas em em Morretes, Paranaguá e Guaratuba.

Em Morretes, por volta das 4h, uma idosa de 72 anos precisou ser resgatada de barco após ter a casa alagada. Ela foi acolhida na residência de uma familiar e está bem.

“Estava dormindo e, quando vi, já estava com os pés na água. De repente, acordei molhada. Foi rápido. A gente pensou que não ia vir uma enchente tão rápida”, afirmou à RPC.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil montaram uma força-tarefa para os atendimentos, com apoio das prefeituras. São mais de 55 militares, além de servidores municipais e 13 profissionais do Samu. Os trabalhos contam com apoio do BPMOA, outras forças de segurança e Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com o Simepar, nas últimas horas choveu acima de 150 mm em algumas cidades litorâneas, como Antonina, Morretes e Paranaguá.

Nesta sexta, a previsão é de sol durante o dia, o que deve colaborar com a estabilização do cenário e a diminuição da altura da água acumulada.

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