O ex-prefeito de Nova Tebas, no Norte Central do Paraná, se tornou réu em uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). Ele é acusado de frequentar, em tempo integral, um curso de Medicina em Campo Mourão — a mais de 70 quilômetros da cidade — enquanto ainda exercia o cargo, entre julho de 2021 e dezembro de 2023.
Segundo a Promotoria de Justiça de Manoel Ribas, responsável pela apuração, além de manter os salários enquanto estudava, o ex-prefeito ainda utilizava um motorista da prefeitura para se deslocar até a universidade, em uma atividade de interesse particular considerada incompatível com as funções do cargo público.
A investigação aponta prejuízo de R$ 469.203,47 aos cofres municipais. O valor corresponde aos salários recebidos no período (R$ 409.136,21) e às diárias pagas por supostos compromissos oficiais em outras cidades (R$ 60.067,26).
Antes de recorrer à Justiça, o Ministério Público tentou resolver o caso por meio de uma recomendação administrativa, que não foi acatada. O então prefeito pediu a prorrogação de prazo, mas não regularizou a situação.
Na ação, o MPPR requer que o ex-prefeito seja condenado por ato de improbidade administrativa. Se condenado, ele poderá perder direitos políticos, ser proibido de contratar com o poder público e terá que ressarcir integralmente os valores apontados como danos ao erário.