Pablo Cezar Borges foi condenado, na sexta-feira (15), a 32 anos de prisão pelo assassinato da própria esposa, Nayara Queiroz Farias.
O crime foi no Carnaval de 2024, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na casa onde os dois moravam. O filho do casal, na época com dois anos, presenciou o assassinato. Relembre abaixo.
Na condenação, o Tribunal do Júri considerou as qualificadoras de meio cruel e feminicídio. Além disso, na sentença, a pena foi aumentada pelo agravante de o crime ter sido cometido na presença da criança.
Por meio de nota, o advogado Eduardo Soares Vargas, responsável pela defesa de Pablo Cezar, afirmou que respeita a decisão proferida, mas que pretende recorrer da sentença.
“Entendemos que há pontos relevantes que não foram devidamente considerados e, por isso, iremos recorrer às instâncias superiores para buscar a reforma da sentença”, afirma.
Mudança de versões
Na época do crime, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada para atender a uma ocorrência de suicídio e que o suspeito teria dito que a mulher apresentava crises de depressão e ameaçava tirar a própria vida.
Na sequência, ainda conforme a polícia, Pablo foi levado para a Delegacia da Mulher e no caminho confessou que matou a esposa porque ela “estaria ameaçando a vida da mãe dele”.
Mais tarde, ao ser interrogado na delegacia, ele mudou a versão, passou a negar o crime, mas admitiu que a relação com a esposa era “conturbada” e que os dois brigavam com frequência.
Os vizinhos relataram aos policiais que ouviam as brigas do casal constantemente. Em 2022, a PM atendeu uma ocorrência de ameaça do homem contra a esposa.
A vítima não chegou a registrar boletim de ocorrência contra o suspeito e nem tinha medida protetiva, segundo a PM.