O homem preso por matar a ex-companheira e o filho dela, de 9 anos, em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, virou réu no processo que trata do crime, informou o Ministério Público Estadual (MPSC). Os assassinatos aconteceram em 23 de janeiro, após ele não aceitar o fim do relacionamento com a mulher, invadir a casa das vítimas e esfaqueá-las 142 vezes.
De acordo com o MP, que apresentou a denúncia à Justiça na terça-feira (3) e pediu que ele seja julgado em júri popular, a mulher foi esfaqueada 80 vezes, enquanto o menino foi atingido por 62 golpes. Como o Tribunal de Justiça já aceitou a denúncia, o homem agora é acusado dos crimes.
O menino foi morto quando tentou defender a mãe. Além dos homicídios, o homem teria furtado o celular da vítima e, na sequência, ateado fogo na quitinete onde estava morando sozinho.
A ação penal narra que o acusado invadiu a casa da ex-companheira e começou uma briga com ela. Durante o confronto, armado com uma faca, desferiu vários golpes contra a vítima, que tentou fugir para buscar ajuda, mas foi perseguida e atacada até a morte.
Na denúncia, o MPSC sugeriu o valor de R$ 200 mil como indenização à família das vítimas do feminicídio e homicídio. Além disso, solicitou R$ 50 mil para o proprietário que teve as quitinetes destruídas pelo incêndio.
Qualificadoras
O homem é acusado de feminicídio, já que a morte da ex foi motivada pelo inconformismo do acusado com o término. A morte do filho foi agravada por ter sido cometido contra um menor de 14 anos e por motivo torpe, já que o menino foi morto por tentar proteger a mãe.
Além disso, ambos os crimes foram praticados com meio cruel, causando intenso sofrimento, devido ao elevado número de golpes de faca.
