Marlene Foltran, de 87 anos, morreu na quarta-feira (8) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A idosa estava acamada, em estado grave de saúde, desde dezembro de 2024, quando caiu de uma escada do prédio onde a filha dela morava com o próprio marido, André Ferreira.
O genro da idosa tem 47 anos e é acusado de ter empurrado Marlene para provocar a queda. Ele foi preso uma semana depois e permanece detido desde então, aguardando júri popular.
Em janeiro, ele se tornou réu na Justiça pelo crime de tentativa de homicídio, qualificada por feminicídio e por ser contra uma pessoa idosa.
Na quinta (9), o Ministério Público do Paraná (MP-PR) disse que está analisando as informações juntadas ao processo para avaliar se as causas da morte da vítima têm relação com a queda das escadas. Caso seja avaliado que sim, a denúncia será alterada para para feminicídio consumado majorado.
Desde o início do processo, os advogados de André Ferreira defendem que a idosa caiu da escada por acidente – e, agora, afirmam que “não há qualquer prova de que o falecimento da vítima tem relação com os fatos ocorridos há mais de 10 meses”.
Eles também relatam que aguardam o julgamento do recurso interposto contra a decisão que mandou o réu ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Marlene Foltran foi sepultada nesta quinta-feira (9) no cemitério Santo Antônio, em Ponta Grossa.
Relembre o caso
A denúncia do Ministério Público (MP) afirma que no dia 12 de dezembro de 2024 Marlene foi empurrada pelo próprio genro de cima da escada do prédio onde ele morava com a esposa, que é filha da vítima.
A defesa da família alega que o homem tentou impedir que a idosa visse a filha, que enfrentava um câncer em estágio avançado.
Após a queda, Marlene foi encontrada no chão por vizinhos. Ela foi internada em estado grave e, segundo os advogados da família, ficou em estado vegetativo.