Ana Carolina de Souza, de 19 anos, teve a morte confirmada na madrugada desta segunda-feira (12). Ela ficou 57 dias internada depois de ser arrastada por aproximadamente 120 metros pelo carro que o companheiro dirigia, em Apucarana, no norte do Paraná. Caso aconteceu no dia 15 de março.
A informação foi confirmada pela família de Ana, à RPC, e pela defesa de George Lucas, companheiro de Ana denunciado por lesão corporal culposa no trânsito, ao g1.
Ana foi encaminhada inicialmente ao Hospital da Providência, em Apucarana. Depois, foi transferida ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, onde estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A causa da morte ainda não foi divulgada.
No momento do atropelamento, Ana estava segurando a filha, de dois anos. Ela arremessou a criança para evitar que fosse ferida.
A menina passou por atendimento médico e recebeu alta hospitalar um dia depois.
Em nota, a defesa de George disse que ele estava acompanhando Ana no hospital e que “manifesta imenso pesar no falecimento”.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou o g1 que “aguarda o laudo de necropsia para anexá-lo ao processo e aditar a denúncia por homicídio culposo no trânsito em estado de embriaguez”.
Como foi o crime, de acordo com a polícia
A Polícia Militar (PM-PR) informou que foi acionada por volta das 2h30 do dia 15 de março, no loteamento Solo Sagrado. Ana foi encontrada caída no chão com ferimentos na região da cintura e pernas.
Testemunhas contaram aos policiais que George deu ré no veículo e arrastou a companheira e a filha dela, de dois anos, por três metros.
Quando Ana conseguiu arremessar a criança para o lado, o carro arrancou para frente e a arrastou por mais 120 metros, consta no boletim de ocorrência.
Imagens de câmeras de segurança registraram pessoas correndo atrás do veículo, no momento em que ele deixa o local.
George foi encontrado horas depois e preso em flagrante.
Namorado solto pela Justiça
George foi solto no dia 28 de março. A revogação da prisão ocorreu após o Ministério Público do Paraná (MP-PR) o denunciar por lesão corporal culposa no trânsito e se manifestar a favor da soltura dele para que responda em liberdade.
A prisão em flagrante de George havia sido por suspeita de tentativa de feminicídio, que foi descartada pelo MP-PR.
No interrogatório, George afirmou ao delegado que não percebeu o atropelamento.
Segundo a versão apresentada, ele e Ana foram a uma festa e depois pararam em uma lanchonete. Os dois saíram para ajudar em uma entrega, quando houve uma discussão entre ele e o dono do pedido. Ao sair do local, aconteceu o atropelamento.