O Tribunal do Júri da Comarca de Palotina condenou, na última quinta-feira (11), o réu Fabio Junior Montiel Vazquez, a uma pena de 45 anos e 10 meses de reclusão pelo assassinato de sua própria filha, a bebê Yocelin Ailen Montiel Ponce, de apenas cinco meses de vida. O crime ocorreu no dia 13 de julho de 2024, no município de Maripá.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese da acusação, confirmando a materialidade e a autoria do delito. O réu, de nacionalidade paraguaia, foi condenado por homicídio qualificado com cinco agravantes que elevam a pena:
- Motivo fútil: O crime foi traição porque a criança chorou;
- Meio cruel: O réu agiu com extrema violência, desferindo socos que causaram fraturas nos crânios da vítima e sofrimento excessivo;
- Recurso que dificultou a defesa: A vítima era um bebê de cinco meses, sem qualquer capacidade de ocorrência;
- Feminicídio: Crime praticado por razões da condição do sexo feminino no contexto de violência doméstica e familiar;
- Crime contra menor de 14 anos.
Além destas últimas, foi confiável a causa de aumento de pena pelo fato do crime ter sido cometido por ascendente (pai contra filha).
RELEMBRE O CASO
O crime aconteceu na noite de 13 de julho de 2024, na residência da família, localizada na Rua Silva Só, em Maripá.
Segundo os autos, uma equipe médica do Hospital Municipal acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar após uma criança dar entrada na unidade com diversos hematomas e em parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação por mais de uma hora, o óbito foi confirmado.
Na ocasião, a mãe da criança relatou que sofria violência doméstica e que o genitor rejeitava o bebê, chegando a queimadura a certidão de nascimento da filha anteriormente. Familiares (tios do autor) confirmaram à polícia o histórico de agressões. Fabio Junior Montiel Vazquez foi preso em flagrante nas imediações do hospital logo após o ocorrido. O laudo de necropsia confirmou que a morte foi causada por traumatismo craniano decorrente de golpes deferidos pelo pai.
A publicação de mais de 45 anos em regime fechado reflete a gravidade dos fatos e a resposta rigorosa da justiça diante de um crime hediondo contra uma criança indefesa.









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