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Os cursos técnicos e o ensino público estadual do Paraná – Dilceu Sperafico

O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Os benefícios e/ou vantagens do ensino técnico profissionalizante, de nível médio, seja para educandos, educadores, empregadores e poder público, com repercussões igualmente positivas para empreendimentos empresariais, economia urbana e rural, emprego estável para a juventude, arrecadação de tributos, expansão e diversificação da economia e a oferta de produtos e serviços de qualidade a preços mais acessíveis aos consumidores, explicam o esforço do Governo do Paraná pela reforma do Novo Ensino Médio no Estado.

Alvo de polêmica entre educadores, estudantes e familiares, a proposta da reforma, segundo contrários à mudança, está sendo contestada por conta do risco de corte de quase a metade da carga horária do atual Ensino Médio, mesmo o novo modelo sendo considerado o “carro-chefe” da atual gestão da rede estadual de ensino público estadual do Paraná. Conforme dirigentes da Secretaria de Estado da Educação, atualmente são cerca de 77 mil alunos participando do Ensino Médio Profissionalizante. A meta, de acordo com secretário estadual de Educação, Roni Miranda, é atender 150 mil estudantes com cursos técnicos até 2026.

O secretário ressalta a importância do planejamento no programa de educação profissional e técnica com o objetivo de implantar o ensino para 50% dos alunos nos próximos quatro anos. Além da formação, a Secretaria de Estado da Educação possui braço de conexão com o setor empresarial para inserção dos estudantes no mercado de trabalho com estágios e programas de aprendizado da prática profissional.

“Já estamos com 15 mil estudantes no mercado como estagiários ou como menores aprendizes nas mesmas áreas de atuação da formação escolhida. Por exemplo, se ele está no curso técnico de administração, trabalha em escritório e entende o que é gestão dentro de empresa. O mesmo ocorre com quem faz curso de enfermagem e faz estágio dentro de hospital ou clínica. E se é do magistério e está no dia a dia de escola”, explica o secretário.

Os números da Secretaria de Estado da Educação do Paraná mostram evolução na procura pelos cursos técnicos. Em 2019 eram 10,4 mil estudantes matriculados nesta modalidade. Em 2023, o número subiu para 77 mil alunos e a previsão para o ano que vem, de acordo com Miranda, é saltar para 112 mil estudantes em cursos técnicos no Paraná. A escolha por este formato, explica o secretário, se baseia nas estatísticas da pasta sobre o acesso dos estudantes da rede pública do Paraná às instituições de Ensino Superior.

Miranda revelou que apenas 20% desses estudantes conseguem ingressar nas universidades, públicas ou particulares. Na prática, de cada 10 estudantes da rede pública do Paraná, oito precisam seguir outros caminhos que não o dos cursos superiores. A preferência desta grande maioria dos estudantes, apontou o secretário, é pelos cursos técnicos – mais especificamente 77% dos jovens consultados pela secretaria. Entre os cursos mais procurados estão desenvolvimento de sistemas, enfermagem, magistério, jogos digitais, administração e agronegócio, todos com no mínimo 1,2 mil horas de aprendizado.

“O Ensino Técnico permite que o jovem ingresse no mercado de trabalho. Além disso, dá a esse mesmo jovem condições de propulsão e ascendência inclusive para o Ensino Superior. A pesquisa do MEC mostra que estudantes querem ensino técnico profissionalizante, até por propiciar emprego 32% melhor remunerado”, ressalta Miranda.

*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

E-mail: [email protected]

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