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Pela primeira vez, propriedade do Paraná recebe três safras em um ano

Clima influenciou no sucesso da técnica de rotação; sequência não é indicada para todas as regiões do estado.
Foto: Caminhos do Campo/RPC

O trigo é o último a ser colhido em uma fazenda de 295 hectares entre Londrina e Tamarana, localizadas no norte do Paraná. O cereal sucedeu a soja, plantada em dezembro do ano passado e colhida em abril deste ano.

Antes dele, a área estava ocupada com feijão. Todas as lavouras foram cultivadas dentro do zoneamento agrícola.

Essa sequência de três safras anuais não é indicada para todas as áreas do estado. Ela depende do clima. Por isso, é mais comum no Centro-Sul por ter regiões menos quentes. Porém, Tiago Astuti percebeu que na propriedade que ele toca, o cultivo sequencial das três safras é viável.

“A propriedade tá em torno de 900 metros de altitude e isso acaba colaborando. A gente tem um microclima melhor do que as regiões baixas do norte do estado. Com isso nós conseguimos ter noites mais frescas, com chuvas regulares, que acaba contribuindo pro sucesso dessas três culturas”, explica Astuti.

Astuti agora espera por chuva para recomeçar o ciclo. Primeiro, será plantado feijão. Depois, o milho e, por fim, o trigo.

“Vale muito a pena, tanto que você não deixa seu solo descoberto, não tem plantas daninhas. Nós tivemos um incremento na margem de contribuição durante o ano, 25% do faturamento a mais comparado a somente soja e trigo” , destaca.

É difícil calcular a quantidade de produto que esta técnica de rotação coloca nos cilos paranaenses. Ainda sim, pesquisadores defendem a terceira lavoura, entre as safras de verão e de inverno, para que as áreas, além de ficarem menos expostas à infestação de plantas daninhas, também gerem mais renda ao produtor.

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