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Preço da gasolina da Petrobras está mais caro do que no mercado internacional

Segundo levantamento, defasagem média do diesel chega a 4% e da gasolina a 7%.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou um estudo, na última quarta-feira (11), que revela um descompasso entre os preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras no Brasil e os valores praticados no mercado internacional.

Apesar da queda no preço do barril de petróleo Brent nos últimos dias, os preços internos dos combustíveis permanecem acima da paridade de importação. Segundo a Abicom, a defasagem média chega a 4% para o diesel e 7% para a gasolina.

A Abicom atribui esse cenário à estabilidade do câmbio e à ligeira redução nos preços de referência dos combustíveis no mercado internacional. As preocupações com a demanda global, sobretudo na China, pressionaram os preços do petróleo nos últimos dias.

No momento, de acordo com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, não há previsão de redução do preço da gasolina e do diesel em razão da queda do petróleo no mercado internacional.

Em entrevista à CNN Brasil, o presidente da Abicom, Sergio Araujo, apontou que ainda é cedo para a Petrobras reajustar os preços. Segundo ele, existem quatro pontos que são desfavoráveis à decisão no momento.

O primeiro é que a Líbia continua com conflitos internos, dificultando a movimentação do petróleo e derivados. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) adiou a redução da oferta, colaborando para a tendência de aumento de preços.

O terceiro elemento que provoca a elevação de custos, observada nos últimos dias, é a demanda mais acentuada por parte da China, país que é um grande consumidor dos derivados do petróleo. Por fim, Araujo sinaliza que existe a ameaça de um furacão no golfo do México, dificultando a comercialização de combustíveis, dos derivados do petróleo.

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