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PSD cobra ministério “robusto” para manter apoio ao governo

Deputados do partido colocam até votação do pacote fiscal em xeque.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O PSD, de Gilberto Kassab, fez chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o desejo da bancada federal de indicar um nome para ocupar um ministério de peso no governo.

Atualmente, os deputados estão representados pelo deputado André de Paula (PSD-PE) no modesto Ministério da Pesca, com orçamento de R$ 356 milhões.

Os outros ministérios do partido são o da Agricultura, de Carlos Favaro, que contempla o Senado, e Minas e Energia, de Alexandre Silveira, que atende a um pedido pessoal de Lula.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversaram com o líder do partido na Câmara, Antonio Brito (BA).

A conversa ocorreu após atraso do líder do PSD para assinar o requerimento de urgência para votação do pacote fiscal em plenário.

O deputado baiano alertou sobre a insatisfação dos parlamentares e o impacto disso na votação do pacote fiscal. Brito deixou claro que o partido quer uma pasta maior, com capilaridade nacional e orçamento robusto.

Ele nega que atue para se tornar ministro e afirma que a indicação virá em consenso entre a bancada.

Segundo relatos, Padilha chegou a pedir a Brito que o partido se comprometa com apoio à reeleição de Lula em 2026. A indicação de Brito, porém, é de que essa conversa está interditada até que a situação do partido na Esplanada esteja resolvida.

Antonio Brito foi preterido pelo PT na disputa pela sucessão na Câmara dos Deputados, o que abriu uma crise interna no PSD, que dava o apoio do partido como certo.

A crise com o governo fortalece uma ala mais resistente ao governo, formada por deputados do Sul e Sudeste.

O PSD reclama que é preciso ter o mesmo espaço dos outros partidos do centrão: MDB – que controla Cidades e Transportes – e União Brasil – que comanda Turismo, Comunicações e Integração, além da presidência da Codevasf, responsável por obras regionais alimentadas por emendas parlamentares.

A reclamação recai também sobre a promessa de se ressuscitar a Fundação Nacional da Saúde e destina-la ao partido. A disputa no centrão pela indicação à entidade paralisou as negociações.

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