O anúncio da reforma agrária do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve incluir a compra de terras improdutivas e a oferta de crédito rural.
A expectativa é de que o petista promova um evento na semana que vem, com a presença de movimentos sociais, como o Movimento dos Sem-Terra (MST).
A ideia é que o pacote preveja a compra de propriedades improdutivas pelo governo federal para serem ocupadas.
Além disso, prevê a oferta de linhas de crédito, para a compra de sementes e maquinários, para que os movimentos sociais se tornem as propriedades produtivas.
O governo federal avalia ainda se os recursos para a aquisição de terras improdutivas serão provenientes do orçamento deste ano ou do Tesouro Nacional.
O pacote deve trazer ainda metas de reforma agrária de médio e longo prazos, bem como expectativa de demarcação de terras para comunidades quilombolas.
O plano será anunciado após uma série de invasões de terras no ano passado, que fomentou até mesmo a criação da CPI do MST.
O objetivo é também tentar evitar uma nova crise com o segmento do agronegócio.
A ideia é tornar público no evento o resultado de um censo feito pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário sobre terras improdutivas que podem ser utilizadas para assentamentos de movimentos sociais.
O programa de reforma agrária foi apelidado de “estante de terras”. Lula quer evitar que, neste mês, propriedades privadas sejam invadidas, como parte do “Abril Vermelho”.
No mês, movimentos costumam promover invasões a propriedades privadas como forma de protesto para chamar a atenção para a necessidade de uma reforma agrária no país.