Em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (9), o presidente do Partido Progressistas (PP), Ciro Nogueira, afirmou que se o deputado André Fufuca (PP-MA) for nomeado ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele terá que se afastar da sigla.
Nogueira pontuou que, se depender dele, Fufuca não se tornará ministro deste governo destacando que a escolha já teria “começado errada”.
Isso, porque o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que Lula convidará Fufuca e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para que comandem pastas, mas não disse quais seriam elas. “Escolhe o ministro e não escolhe a pasta?”, indagou Ciro Nogueira.
“Os progressistas jamais irão integrar esse governo, jamais irão apoiar esse governo. Não temos identificação, sintonia, não acreditamos nesse atual governo, que está perdido, no nosso ponto de vista”, argumentou.
O ex-ministro da Casa Civil ressaltou, entretanto, que não deve expulsar Fufuca do PP, mas pontuou que ele será afastado das decisões partidárias. “Não vai passar a ter nenhum papel de decisão no PP se vier a ser ministro”, explicou.
Ainda sobre o papel como oposição, Nogueira observou que não compareceria a uma conversa com Lula, se fosse convidado, pontuando que não há motivo para que o diálogo ocorra.
“Não teria motivo de ter conversa, porque o final da conversa ele sabe o que iria acontecer: eu dizer não a ele”, colocou, destacando que o partido continuará sendo oposição.
Tarcísio é melhor nome para 2026, avalia Ciro Nogueira
Ainda durante a entrevista à CNN, Ciro Nogueira avaliou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o melhor nome para a disputa à Presidência em 2026.
Ele ponderou que um político com “perfil mais de centro” com apoio da direita teria “muita viabilidade de ganhar a eleição”.
O presidente do PP também destacou os nomes de Tereza Cristina (PP-MS), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD).
Investigações sobre interferências nas eleições 2022
Ciro Nogueira também comentou sobre a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na manhã desta quarta-feira, em investigação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022.
O ex-ministro da Casa Civil afirmou que interferência da Polícia Rodoviária “beira o impossível” e pediu para que as apurações sobre o caso se tornem públicas.
Segundo ele, Jair Bolsonaro (PL) “jamais iria utilizar de um órgão que ele tinha muito carinho para ter vantagem eleitoral”.
Com informações da CNN
