Segurança terceirizado é preso por tentar vender por R$ 5 mil imagens do momento da explosão em fábrica no Paraná

Explosão deixou nove mortos e sete feridos.
(Foto: Corpo de Bombeiros)

Um segurança terceirizado que trabalhava na Enaex Brasil, fábrica de materiais explosivos, foi preso no sábado (16) depois de tentar vender imagens do momento da explosão que deixou nove pessoas mortas e sete feridas.

A explosão foi no início da manhã de terça-feira (12), em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, e é investigada pelas Polícias Civil e Científica e pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR).

Segundo a Polícia Civil, o homem, de 27 anos, ofereceu as imagens, extraídas do sistema interno de monitoramento da empresa, por R$ 5 mil a emissoras de televisão.

O homem foi preso no local de trabalho e encaminhado para a delegacia, onde confessou o crime e disse estar arrependido. O nome dele não foi divulgado.

De acordo com a corporação, o homem deve responder por violação do sigilo profissional, uma vez que os funcionários assinaram um termo de confidencialidade.

Após assinar um termo de compromisso, o homem foi liberado. Ele deverá passar por audiência preliminar nos próximos dias.

Colaborador foi demitido
Por meio de nota, a Embrasil Segurança, onde o vigilante trabalhava, afirmou que abriu um procedimento interno de investigação e demitiu o colaborador.

“A empresa reitera que a segurança, o respeito à privacidade e o compromisso com a ética são pilares inegociáveis da sua cultura e que o episódio em questão é um ato isolado”, diz a nota.

A Enaex Brasil repudiou a conduta do vigilante terceirizado e que não compactua com esse tipo de atitude. Disse ainda que todas as gravações oficiais do sistema de segurança da Enaex foram entregues exclusivamente às autoridades envolvidas nas investigações.

Sobre a explosão
A explosão aconteceu por volta das 5h50 da manhã de terça, em uma área de 25 metros quadrados que armazena material explosivo produzido pela fábrica. No momento do acidente, os materiais estavam sendo preparados para transporte.

Não há informações sobre o que causou a explosão.

Segundo o secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Teixeira, a força da explosão fragmentou os corpos, tornando necessário o exame de DNA para comparação com material coletado das famílias.

Na noite de quarta-feira (13), os governos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina confirmaram que irão auxiliar a Polícia Científica do Paraná na identificação das vítimas.

Com o apoio dos dois estados, segundo o secretário, o prazo para a conclusão da identificação pode cair de 30 para 10 dias.

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