Em resposta ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aqui no Brasil o Senado aprovou uma proposta que prevê a retaliação comercial de medidas ou a ameaça de medidas que possam prejudicar os produtos brasileiros no mercado internacional. Entre as chamadas contramedidas estão imposição de tributos, suspensão de concessões comerciais ou de investimentos ou até de propriedade intelectual.
Esse texto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e iria direto para a Câmara, mas um recurso fez com que ele fosse votado antes em plenário. A ideia, segundo a relatora, senadora Tereza Cristina, é dar elementos para que o Brasil possa responder à altura medidas que atinjam as exportações brasileiras.
“Para que o Brasil tenha defesa, que o Brasil tenha instrumentos, se tiver algum tipo de retalhação aos seus produtos dos mais diversos segmentos, não só do agronegócio, mas de todos os segmentos. Para que o Brasil tenha instrumentos para sentar numa mesa de negociação e não retaliar, mas dialogar, mas tendo instrumentos fortes se for preciso, então, fazer a retaliação.”
O líder do governo no Senado, Jacques Wagner, aposta no diálogo.
“Esse texto da chamada reciprocidade oferece ao governo federal ferramentas que eu espero que não precisem ser usadas. Mas se for concretizado um ataque a produtos nacionais, evidentemente que nós não queremos brigar, mas não seremos subservientes.”
Durante a votação, os senadores chegaram a fazer apelos para que a Câmara vote com urgência essa proposta ainda nesta quarta-feira (2/4), dia em que Donald Trump anuncia mais um tarifaço, no que ele mesmo tem chamado de “Dia da Libertação”.
