A partir de agora, as crianças de 1 ano e 4 meses a 2 anos e 6 meses de idade devem fazer o teste que detecta sinais de TEA, o transtorno do espectro autista. Essa orientação consta na nova linha de cuidado para TEA, lançada na quinta-feira (18) pelo Ministério da Saúde.
A expectativa, segundo o governo, é que as intervenções e estímulos a esses pacientes ocorram antes mesmo do diagnóstico ser fechado. Em nota, o Ministério da Saúde destacou que a atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura.
O governo estima que 1% da população brasileira viva com TEA. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que 71% dessa população apresentam ainda outras deficiências, o que, de acordo com o Ministério, reforça a necessidade de ações integradas por meio do Sistema Único de Saúde. O investimento total do governo federal nesta nova linha de atendimento pelo SUS é de R$ 72 milhões.
O teste de triagem para TEA, conhecido como M-Chat, identifica sinais de autismo em crianças já nos primeiros anos de vida. Ele está disponível nas unidades públicas de atenção primária e agora faz parte da rotina de avaliação dos pequenos. Por meio da detecção precoce, a ideia é que os profissionais possam encaminhar e orientar as famílias em relação aos estímulos e intervenções necessários caso a caso.