Juliana Maria Teixeira da Costa (MDB), vice-prefeita de Ribeira (SP), foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por usar verba pública para pagar uma “amarração amorosa”. A política teria desviado R$ 41,2 mil dos cofres públicos para pagar a mãe de santo.
De acordo com o MP-SP, o objetivo da vice-prefeita seria realizar uma amarração para conquistar o coordenador municipal da Saúde, Lauro Olegário da Silva Filho, e afastá-lo da esposa. Ela teria contratado a empresa W.F Da Silva Treinamentos Ltda., propriedade de William Felipe da Silva, para ser usada como “ponte” para o pagamento.
A promotoria alega que a denúncia foi feita por verba pública foi usada de “forma indevida para fins pessoais”. Além disso, o Ministério Público afirma que Juliana e Lauro montaram um esquema para fraudar licitações para direcionar contratos públicos à empresa de William.
Conforme a denúncia, Juliana e William teriam emitido uma nota fiscal falsa no valor de R$ 41,2 mil, que foi pago apenas 12 minutos após a emissão. A princípio, o valor seria referente a serviços médicos prestados.
Em seguida, o valor, que saiu do Fundo Municipal de Saúde, foi transferido para um terceiro. Segundo a investigação, esse dinheiro teria sido usado para que a vice-prefeita passe pelo ritual espiritual de “amarração” para unir Juliana e Lauro.
De acordo com o advogado de William, Yuri Amaral Nazareth, o cliente tem relações estritamente profissionais com Juliana e Lauro. Além disso, a falta de documentos seria resultado de dificuldades pontuais, e não de má-fé.
Com 42 anos, Juliana Maria Teixeira da Costa foi eleita em 2020 como primeira mulher vice-prefeita da história de Ribeira, integrando a chapa de Ari do Carmo Santos (PSD). Ela é assistente social e mãe de dois filhos.
Natural de Jaguariaíva (PR), Juliana também já ocupou cargo de secretária municipal de Saúde e chefe de Gabinete. No último pleito, a vice-prefeita declarou patrimônio de pouco mais de R$ 35 mil ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).